tag:blogger.com,1999:blog-62797429088400592532024-03-13T07:15:11.339-03:00Sobre isso ou sobre aquilo.Pensamentos, reflexões, contos e crônicas.Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.comBlogger44125tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-19995093036500054372012-11-08T19:32:00.000-02:002012-11-08T23:31:19.239-02:00Maioridade Penal: Teoria X Prática<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">É claro que para alguns há de fato uma vontade genuína em informar,
apresentar fatos por outro ângulo, demonstrar que as questões da sociedade não
são tão simples como parecem e que há uma teia complexa de relações históricas
que construíram o que hoje assistimos. Mas acho que há um problema dos grandes aí.
A esmagadora maioria que se engaja em determinadas causas (como esta, de querer
negar a diminuição na maioridade penal) não sabe nem do que está falando ou o
que está defendendo, e parece querer mais é fazer a linha do contra ou no mínimo
no pior estilo “eu tenho mais conhecimento de causa porque estudo isso ou
aquilo” Sem querer desmerecer as pesquisas de ninguém. Mas muitos títulos por aí
vão sendo rasgados com certas sentenças proferidas. Vejo pelos comentários nas
redes sociais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Que vivemos em um país sem oportunidades, imersos em uma desigualdade
social estratosférica, que não investe o mínimo aceitável em educação, parece óbvio.
Acho que precisamos que nos contem outra novidade, não é mesmo? Até quando
vamos defender as mesmas “causas” repetindo os mesmos argumentos? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">O fato na prática (vamos deixar de lado um pouquinho nossas teorias
de esquerda)? Diminuir ou não alguns aninhos na maioridade penal não modificará
a sociedade em termos de justiça social. E ingenuidade é acreditar que manter a
coisa do jeito que está com campanhas desse tipo podem fazer alguma coisa na
direção de mudar a estrutura histórica da desigualdade social no Brasil. Campanhas
como essa, que defendem que não se mexa na maioridade penal, só impedem que jovens
suficientemente assertivos no que refere a tirar a vida de outra pessoa, por
exemplo, respondam pelo crime que cometeram. Parabéns para nós! Mantemos mais
jovens em instituições para menores “infratores” durante alguns poucos anos e
depois os lançamos de novo na sociedade desigual que tanto criticamos, que não
mudou absolutamente nada. A sociedade que não conseguimos modificar porque insistimos
manter e repetir as mesmas crenças e ideologias. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Mais uma coisa que fico me perguntando. Quem é que vai contribuir na
reintegração social destes jovens, já que a cadeia não o faz? Serei eu ou vc?
Como nos disporíamos a fazer isso? Não só governos são responsáveis por essa
reinserção, não é mesmo? Sociedade somos todos, afinal. Então... Será que
estamos dispostos a sair da comodidade da poltrona onde escrevemos nossas teses?
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Redigido após a leitura texto abaixo</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDxhRnPUC0pzDvXENoZK-gTxBXHiq1kWM5CNup5duRuKYKxcoHGNtl_pTHMG0PgKeSFZZhPONUog2aWg8eT10rGhhTprldY6JM2P-EviVOsH9xE5_b3hBRlVD3zN968enuvlxuakNcnOw/s1600/Juventude+Transviada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDxhRnPUC0pzDvXENoZK-gTxBXHiq1kWM5CNup5duRuKYKxcoHGNtl_pTHMG0PgKeSFZZhPONUog2aWg8eT10rGhhTprldY6JM2P-EviVOsH9xE5_b3hBRlVD3zN968enuvlxuakNcnOw/s320/Juventude+Transviada.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">RAZÕES PARA DIZER NÃO À REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Porque a desigualdade social é uma das causas principais da violência.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Porque o dia-a-dia da vida dos/as adolescentes e jovens está marcado pela violência da prostituição, do crime e do tráfico de drogas e com o agravante da ausência de perspectiva de renda decente.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Porque ainda são poucas as iniciativas do Poder Público, das</span><br />
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
Instituições e da Sociedade na proposição e execução das Políticas Públicas para a juventude.<br />
Porque sem a elevação urgente e necessária da escolaridade dos/as jovens empobrecidos, o Brasil não restabelece o diálogo com o futuro, posto que somente um de cada dois destes jovens estuda atualmente no país.<br />
Porque o sistema penitenciário brasileiro não tem cumprido sua função social de controle, reinserção e reeducação dos agentes da violência, ao contrário, tem demonstrado ser uma escola do crime.<br />
Porque nenhum tipo de experiência na cadeia pode contribuir para o processo de reeducação e reintegração dos jovens na sociedade.<br />
Porque os crimes cometidos por adolescentes não atingem a 10% do total dos crimes praticados no Brasil.<br />
Porque já existem penas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com a aplicação de medidas sócio-educativas.<br />
Porque os adolescentes e jovens precisam ser reconhecidos/as como sujeitos desta sociedade e, portanto, merecem cuidado, acolhida, respeito e, principalmente, oportunidades.</div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-34214111632827849622012-07-29T21:13:00.002-03:002012-08-14T15:05:31.879-03:00Sobre a Tolerância<br />
<br />
<span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Pergunta que todos nós fazemos: Como fazer meu nível de tolerância aumentar? </span><br />
<span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Pergunta que em todas as ocasiões deveríamos nos fazer: Quais as mudanças positivas reais ocorrerão se meu nível de tolerância aumentar?</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Pergunta que deveria suceder às duas anteriores sendo conclusiva, mas é habitualmente, colocada em ordem primeira: o que devo tolerar?</span>
<br />
<span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;"><i><b>Texto: Luciane Trevisan Leal</b></i></span>Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-85754072094033468892012-03-24T02:00:00.005-03:002012-08-14T14:08:22.854-03:00Caso Thor Batista: Ser rico no Brasil é um problema...<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px; text-align: left;">
<br />
<br />
Algumas considerações</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px; text-align: left;">
<br /></div>
<ol style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px; padding-bottom: 0px; padding-left: 25px; padding-right: 10px; padding-top: 0px; text-align: left;">
<li>Vivemos num país de corruptos o que não quer dizer que todos o sejam.</li>
<li>Nem todo rico é desonesto e paga propina para se livrar do que quer que seja. Nem todo pobre é honesto ou anda sempre “na linha”.</li>
<li>Nem todo rico é imprudente. Não há nenhuma relação lógica entre riqueza e imprudência, ou pobreza e prudência.</li>
<li>Pobre tb bebe e pode sim atravessar com a bicicleta na frente do carro do rico e famoso.</li>
<li>Não há nenhuma razão para acreditar que o fato do cara ser rico e famoso anula a possibilidade do cara pobre ter bebido e se jogado na frente de seu carro.</li>
<li>Se eu for atropelada na Washington Luis por um pobre desconhecido, se ele prestar socorro e descobrirem que eu estava com álcool no sangue, ninguém vai dar à mínima para o infeliz que me atropelou e matou, nem construirá as mais terríveis teorias conspiratórias.</li>
<li>Thor poderia ser vc ou eu (pobres e certinhos). O ciclista da rodovia poderia ser nosso filho (bêbado e todo errado).</li>
<li>Nosso país só irá para frente quando o brasileiro deixar de fazer a linha: somos os pobres, vítimas dos ricos.</li>
<li>Ao invés de nos preocuparmos tanto com o filho do rico, quem sabe não procuramos nos inteirar mais sobre os grandalhões que escrevem nossas leis e que usam nosso dinheiro para toda ordem de roubalheira.</li>
<li>Gostaria de ver brasileiros discutindo em quem votar e porquê. Mas isso nunca vai acontecer. Sabem por quê? Porque a idéia pronta e acabada é mais fácil de ser disseminada, além de ser mais divertida. Ninguém vai se dar ao trabalho de pesquisar porcaria nenhuma para votar. Nós só gostamos de fofoca sobre ricos e famosos.</li>
<li>Fazer a linha “estou indignado” e usar qualquer bode expiatório rico para isso é mais fácil do que pensar e se indignar de verdade. </li>
<li>Paremos de brincar de indignação. </li>
</ol>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 12px; line-height: 16px;"><br />
</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 12px; line-height: 16px;">Lucia</span></span><span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px;">ne Trevisan Leal</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 12px; line-height: 16px;"><br />
</span></span></div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-36907569393121179922011-11-01T00:40:00.002-02:002012-08-14T15:03:44.106-03:00Artigo: A Busca pelo Sentido<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Existe uma verdade a partir da qual deveríamos nos guiar? Há uma conduta moral acertada, um valor essencial a orientar nossas ações pelo mundo? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">A cada tempo no caminhar da existência humana houve uma verdade a orientar a conduta. Nos dizem a todo tempo como somos e como devemos ser. Parece precisar existir na tessitura do espaço tempo que acomoda nossa existência uma verdade fundamental, necessária, um elemento primordial qualquer que propicie uma convivência harmônica em sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Um mundo sem ordem moral parece sem finalidade e sentido. Mas e se não existir de fato um sentido para o mundo, o que direcionaria ou orientaria nossa conduta? Sem uma orientação, não se trataria então de um mundo sem esperança e niilista. O absurdo de um mundo sem ordem moral é possível?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Estas questões, muito atuais, são ainda questões que repetem estruturas antigas e estão na base dos significados que construímos e de nossa forma de ser e estar no mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Podemos procurar um elemento qualquer que nos ajude a criar os códigos morais de conduta universais que tanto desejamos e que parece mesmo que necessitamos. Mas talvez esteja no resultado da crítica a essa busca, a essência de uma ética natural, forjada na abertura para o mundo que somente a crítica a ele próprio é capaz de criar. Uma crítica à própria racionalidade submersa no tempo que abriga nossa subjetividade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">O texto aqui redigido tem a intenção de mostrar, resumidamente, como no decorrer da história ocidental sempre houve uma tentativa de essencializar o ser humano, o que parece mais uma saída pela via mais fácil, para se criar um fundamento para existência e sentido para um mundo onde se possa ter esperança, em oposição ao niilismo que insiste aterrorizar. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<b>Nossas Heranças</b><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Os filósofos pré-socráticos encerravam na razão a maneira correta de enxergar a mundo. Somente a razão o explicaria. Mas Platão alerta que essa realidade é uma ilusão, o mundo na verdade é equívoco, sombras (crenças, certezas, preconceitos) que vemos e vivenciamos, aprisionados em uma caverna. A compreensão de como são as coisas, efetivamente, somente é possível fora da Caverna, está em algum lugar que para Platão, é o mundo das idéias, das formas. Somente a saída da caverna apresenta essa realidade que aí sim, orientará, no retorno à caverna, a atitude ética capaz de construir uma ação correta no mundo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Para o filósofo o mundo das idéias carrega consigo as verdades inspiradoras dos valores que devem guiar nossa existência, valores desconhecidos, cujo papel do filósofo é mostrar o caminho para sua descoberta. O filósofo seria aquele a nos ascender ao conhecimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Nesta ilustração há uma separação entre o mundo aparente e o mundo real, onde se considera um processo de elevação em direção ao conhecimento, que carrega em si, o conjunto de valores a serem aplicados no modo de ação correto diante do mundo. Estes elementos de um processo que nos direciona ao conhecimento dos valores adequados eticamente têm total importância no cenário que está por vir, quando acaba se fundindo com a visão de mundo judaico-cristã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Santo Agostinho faz uma releitura de Platão<a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Teoria%20Cr%C3%ADtica%20da%20Sociedade/Trabalho%20Teoria%20Cr%C3%ADtica.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;">[1]</span></span></span></a> apontando uma verdade fundamental acessível a todos para a qual devemos voltar à atenção, verdade a orientar nossa ação no mundo. O sentido, a lógica dos valores a serem os legítimos modelos de comportamento não são sabidos por conta de uma ignorância da <b>verdade.</b> A verdade, numa alusão clara ao pensamento platônico, se converte na revelação do mundo espiritual cristão. Uma rede de significação que tem como base de apoio agora a figura humana do Cristo, que ocupa o anterior papel do filósofo como caminho para o conhecimento. Cristo suplanta o mundo aparente do pecado (mundo real), apresentado a moralidade implícita na verdade (mundo das idéias), produzindo assim as ações da verdade revelada e um sentido para a existência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">O homem da modernidade que se entende em oposição aos elementos religiosos da herança medieval, parece representar a mesma estrutura descrita anteriormente, mas refletida agora no mundo do saber científico e das ideologias que vigoram. Neste momento as incertezas se voltam para o sujeito, novo limiar da verdade, quem irá de fato produzir e contribuir para o significado do mundo e da verdade. Na modernidade há uma forte construção de identidade e sentido: um cidadão tem que ser justo, trabalhar, respeitar a lei para contribuir com as ideologias democráticas, de justiça e liberdade, somente assim produzindo os valores adequados a uma sociedade mais igualitária, democrática. Um “novo” velho sentido para o mundo, que as democracias modernas irão absorver.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Estas ideias que parecem repetir fundamentações muito antigas caem na desconfiança na contemporaneidade, alçando ao patamar do desencanto o projeto da modernidade, onde dúvidas transitam no mesmo espaço das ideologias democráticas e de todo o conhecimento científico adquirido. No pós-guerra essas dúvidas ganham força e o mundo contemporâneo começa a se ver à esgueira de pilares construídos no decorrer da história que começam a desmoronar. Justiça, liberdade e democracia? São de fato verdades ou meras possibilidades, muito relativas, de um sujeito que tenta avidamente produzir sentido para sua existência?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Talvez a maior herança da modernidade seja de fato o apelo ao indivíduo, à subjetividade que caminha lado a lado à história. Entender-se como sujeito que pode agir em prol de um mundo melhor, por ser ente que existe porque pensa, porque é, deixa na herança cartesiana um tom quase poético. Nossa racionalidade como prova de existência e todas as possibilidades que essa elevação nos apresenta. Porém pensadores como Shopenhauer e Nietzsche, tidos como filósofos da suspeita<a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Teoria%20Cr%C3%ADtica%20da%20Sociedade/Trabalho%20Teoria%20Cr%C3%ADtica.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;">[2]</span></span></span></a> desenham um novo arcabouço para o sujeito racional, levando em conta outras facetas de nossa subjetividade. Não seríamos também constituídos de vontade, instintos, além do bem e do mal? Até que ponto somos capazes de lidar com nossos afetos, com os desejos de nosso corpo? Não haveria uma série de coisas ocultas por trás de nossas moralidades com as quais não conseguimos lidar? Será que a genealogia da moral que optamos por seguir os pressupostos, sem questionamentos, é efetivamente a totalidade de nossas vontades? Caso não seja, não estaríamos assim, falsificando a vida? Sabemos porque fazemos o que fazemos ou somos somente dominados pela lógica de nosso tempo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">A crise da cultura que estas desconfianças provocam, reascendem questões sobre se há de fato uma verdade, pressupostos morais e éticos passíveis de acomodar nossas relações sociais ou mesmo alguma consciência individual do ser. Será mesmo que há alguma finalidade, algum sentido para o mundo que construímos e que nos constitui? Se não há finalidade, como lidar com essa verdade? São as principais questões que hoje nos colocamos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Mas e se não houverem de fato princípios ou fundamentos, ou mesmo se eles existirem, mas nós não possamos desvendá-los, como prosseguir?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><b>Sofrimento e seu significado</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Os gregos encaravam a tragédia da vida com poesia. Nós encaramos a tragédia da vida inventando significados para ela. No decorrer da história ocidental, principalmente, da cultura judaico-cristã, dar sentido ao sofrimento parece a resposta para todas as dúvidas. O sofrimento é penalização de uma verdade que não é compreendida. É quase uma entidade viva a se deparar com o homem e desafiá-lo a escolher o plano de Deus, a dimensão espiritual para além da vida, em contraposição aos desejos do corpo. Uma escolha que re-significa a existência, na possibilidade de existência futura nas promessas do além-vida. E mesmo que não nos voltemos para o viés religioso, o sofrimento é justificado, na escolha pelas causas justas do mundo. E assim inventamos sentido e reafirmamos as mesmas estruturas, sem imaginar a menor possibilidade de um mundo sem finalidade. Porque pensar um mundo sem finalidade é não encontrar justificativa para o sofrimento, o que seria absolutamente insuportável. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">O último homem de Nietzsche é incapaz de criar, amar, desejar, e apenas inventa uma verdade artificial para se enganar a cerca dela. Mas a questão que se coloca é: e se o sentido da vida desse último homem é viver exatamente desta maneira? Será que ele é de fato incapaz de ser diferente, ou somente um covarde a não encarar de frente suas escolhas? Se caso optasse por assumir a totalidade de suas possibilidades, como diria Heidegger, como viver com elas num mundo onde as redes de significados são tecidas por linhas que dificilmente se arrebentam? E mesmo que ele queira pagar o preço: até o preço parece ter sido capitalizado pela ordem do mundo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Até mesmo o sem sentido do mundo parece estar imerso em uma ordem de sentido que paira sobre nossas cabeças, tendo como resultado somente uma possibilidade de fato: a dúvida. É somente por intermédio dela que conseguimos formular a crítica necessária capaz de nos tirar do abismo em que nos colocamos: o abismo da ocupação demasiada com as redes de significados que construímos ao longo da história, nos aprisionando, na história de nosso tempo presente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Pensar o tempo presente é pensar as especificidades de nosso lugar. É entender como construímos uma cadeia de significados que nos trouxe onde estamos. E o que parece nos mostrar as questões desse tempo, e ainda as futuras histórias do tempo presente, ou as histórias do tempo presente do passado, é que nossa racionalidade tão festejada, condição que parece ser meramente evolutiva, se abre no tempo de um conhecimento específico para nos chamar à compreensão de nossa condição terminal. O tempo presente e todas as suas facetas implícitas em sua história parece ser somente um emaranhado de benefícios ou malefícios produzidos por um entendimento racional da realidade que na verdade quer nos desviar por um trajeto de fuga, do que precisaria ser o objeto a ser pensado: a inexistência. A falta de significado que nos coloca todos os dias diante do mergulho no consumismo, na enlouquecida gana por informação, no desprezo à ociosidade tida como o avesso da produtividade, num mundo onde tudo tem que acontecer cada vez mais rápido, funciona como maneira de dar significado à existência, mas parece mais uma forma de aplacar a angústia da verdade da inexistência. A inexistência que se transfigura no vazio da existência em si.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Talvez sempre tenhamos vivido o niilismo, por estarmos amarrados e amordaçados pelo desejo do sentido, reprimidos pelo monstro da moralidade, da normalidade, da simetria e da ordem inventada, que insiste acompanhar nossa racionalidade pelo tempo. <span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black;">Nosso maior monstro parece ser o desejo secreto de ser “normal", de obter esse bem moral. Digo bem moral porque, tanto os bens capitais quanto os morais estão na mesma esfera no que diz respeito aos desejos humanos. Uma esfera de sentido que inventamos para lidar com a falta de sentido, com o niilismo que parece sempre ter estado alí. Nessa esfera de busca por sentido, ser apenas perde a razão para dar lugar à sociedade do ter: sejam bens morais, ou bens materiais. Precisamos ter simplesmente, porque não sabemos quem somos e o que fazer com esse desconhecimento.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black;"><br />
</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black;"><b>Nossos demônios somos nós</b></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black;"><br />
</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black;"></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black;">Buscamos a simetria em todas as coisas. As próprias religiões monoteístas, nas culturas do mundo inteiro, identificam o divino à ordem e à simetria. A estética da ordem natural das coisas, a beleza do mundo natural, direciona nosso pensamento assim como nossa ciência, a buscar a organização perfeita, seja no cosmos, seja na vida prática em nosso planeta. Parece bem da verdade então que a assimetria incomoda, e muito! E com nossas relações e construções de significado, não poderia ser diferente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black;">Porém, parece bem claro que todas as implicações do ser humano como multiplicidade e as divergências que ela causa nas nossas produções de significado, nos levam a observar um mundo cada vez mais assimétrico. Estaria nessa verdade a falta da própria verdade, de fundamento e finalidade para a nossa existência? Uma falta de sentido com qual temos convivido desde sempre? <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black;">O maior monstro que nos acomete é nossa tentativa exagerada de se enquadrar na normalidade, na simetria da moral, dos valores e verdades que viemos construindo no decorrer de nossa história. Pensar em se desfazer de todas as nossas construções possivelmente seria um tiro no próprio pé, uma briga com a própria constituição, uma guerra sem fim com a cultura e a própria subjetividade amarrada a ela. Se isso fosse totalmente possível, certamente nos levaria a uma desordem e falta de sentido ainda maiores. Porém, somente essa disposição, que é uma tentativa sutil em meio ao conjunto complexo que somos, é o que de fato transforma o mundo fazendo dele essa infinidade de possibilidades que cria o sentido na falta de sentido. <o:p></o:p></span></span></div>
<span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;">Ter em mente que até nossa crítica é a crítica do homem de agora, imbuído das demandas desse tempo, parece a saída para uma sociedade mais viável em termos de convivência, já que a dúvida é a fonte inesgotável de criação de possibilidades e compreensão das diferenças que carregamos. Nos compreender imersos em mundo sem verdades prontas e acabadas, nos ajudaria a construir uma ética que mesmo em um mundo sem sentido, promoveria bem estar no encontro das diferenças.</span></span><br />
<span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;"><br />
</span></span><br />
<span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;">Texto: Luciane Trevisan Leal</span></span><br />
<span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;"><br />
</span></span><br />
<span class="messagebodytranslationeligibleusermessage"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;">Inspirado na provocativa palestra do Prof. Leandro Chevitarese (PUC Rio/ UFRRJ), no Café Filosófico em 02 de Junho de 2011.</span></span><br />
<div>
<br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Teoria%20Cr%C3%ADtica%20da%20Sociedade/Trabalho%20Teoria%20Cr%C3%ADtica.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 10pt;">[1]</span></span></span></span></a><span lang="PT-BR"> Nietzsche ressalta que há uma cristianização do pensamento platônico. Em Agostinho aparece a mesma estrutura, que separa o mundo aparente do verdadeiro, sendo agora o mundo aparente o do corpo, do pecado, e o mundo verdadeiro as certezas cristãs com seus valores fundamentais que dão sentido ao mundo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Teoria%20Cr%C3%ADtica%20da%20Sociedade/Trabalho%20Teoria%20Cr%C3%ADtica.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 10pt;">[2]</span></span></span></span></a><span lang="PT"> </span><span lang="PT-BR">Freud influencia profundamente essa nova forma de encarar o sujeito colocando em questão as condições da inconsciência como motor para tomada de atitudes e comportamentos, trazendo à tona um lugar dentro da psique humana até então desconhecido. <o:p></o:p></span><br />
<span lang="PT-BR"><br />
</span><br />
<span lang="PT-BR"><br />
</span><br />
<span lang="PT-BR"><br />
</span></div>
</div>
</div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-73875191229158630772011-09-01T22:45:00.005-03:002012-08-14T14:09:44.522-03:00Quem é você de fato?<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Você ouve e lê: alguns, somente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não permite a possibilidade da concordância ou discordância entre nós. Pois não reescrevo o que escrevem os grandes, os afamados. Não compartilho de seu gosto literário, intelectual e artístico, único e seletivo! Não sou aquela que faz gosto em reverberar as vozes que se apresentam originais mas continuam incansavelmente ecoando sons tão similares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Você não me lê seriamente. Sou um anônimo que se equivale ao inexistente no mundo aparente, no lugar do tempo do marcketing e do estardalhaço que faz uns grandes e outros pequenos. Por mais que você aprecie como poucos a possibilidade de novas interpretações, minha novidade é velha. É discrição e sutileza antigas no aparecer, que precisa utilizar-se dos meios contemporâneos para se fazer ver. Única possibilidade! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ah... os meios contemporâneos! Estes que critica, mas despreza o fato de também você absorvê-los em seus interesses. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É, definitivamente! Você não me lê cuidadosamente, pois não pretendo reproduzir um mesmo saber, que por mais que não seja do senso comum – marginalização do intelecto –, é comum senso entre as grandes cabeças de um circuito fechado – pensante elite que não é o mesmo que elite pensante. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na verdade, penso que você não deveria se preocupar tanto em ser, ao menos de vez em quando, “<i>humano, demasiado humano</i>”. Você tem autorização do cosmos para isso... mesmo que não a obtenha de seu ego. Você pode contrapor-se às expectativas e se entreter, quantas vezes e no tempo que quiser, com o mesmo que o mundo todo interage, com o mesmo ao que todo mundo reage. Isso não o fará menor. Por mais que os conterrâneos do lugar que você avidamente precisa e quer fazer parte achem um tanto... senso comum demais! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem é você afinal? O intelectual de hoje? É, é sim, um acadêmico, espelho do seu tempo mais do imagina! Se entende como um formador de opinião original, mas é na maioria das vezes, alguém opinando com a opinião dos outros. Grande parte de seu tempo – com os créditos que não acabam mais –, é utilizado em favor de um mundo “mais pensante”... que pensa não ignorar o ignorado, quando na verdade, para não ser o desabonado em questão, faz coro as mesmas ignorâncias. E assim... repetindo, para ser repetido, reproduzindo, para que te reproduzam e não se sinta fora do jogo o que, contraditoriamente, em suas produções intelectuais critica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span lang="PT-BR">Pergunto: você seria sincero o suficiente consigo mesmo, para pensar que na mesma proporção dos alienados da mídia, há em qualidade, por mais que não em números, os alienados da restrita elite acadêmica e artística? Você me chamaria de louca por assim perguntar – de marxista sei que vai me rotular pelos termos já usados -</span> se não seria loucura maior acreditar que alienação é todo o contrário prático às teorias que você faz questão de reproduzir, sem de fato observar com cuidado a possibilidade de execução na vida cotidiana, no lançar-se e estar no mundo que você também é? Evidentemente que a teorização e a arte parecem permear o patamar da abstração que tenta refletir o mundo. Mas não seria prudente pensar que um esforço para não parecer exatamente como o social execrável que redunda dos seus escritos ou fala, seria um tanto, deixe-me pensar... de pertinente a exemplar? Fico me perguntando se você seria sincero o suficiente consigo mesmo para afirmar que há uma igual predisposição de alienação vinculada ao grupo no qual você pode, voluntariamente, escolher estar, quando que comparado ao grande grupo da social apatia às suas habilidade teóricas, predisposições cognitivas e criticas? Você que pensa tão bem “a metafísica do real e a física do imaginário”, seria capaz de se encaixar e se auto-avaliar dentro do concreto habitual?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sabe, amigo, vejo essas contradições nas universidades, nos congressos, na arte e na mídia que se coloca acima do trivial. Vejo as mesmas historinhas, os mesmos grupos se acreditando diferentes porém tão iguais nos discursos, por mais que amplamente sedutores na forma. A fórmula da forma é a mesma. A condição humana é a mesma: o homem crítico é o crítico de determinado grupo. É o homem crítico do tempo, perpassando o próprio tempo por sua condição tão humana, que não abarca a capacidade devida para apreender – diga-se em adição, viver – tudo o que nos faz seres no espaço-tempo. Infelizmente, este homem não é, e não pode ter autonomia, neutralidade crítica o suficiente para se ver, olhar para si dentro do mundo que ele próprio contradiz. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que coisa! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Obviamente que assim, também o sou... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas... então, por favor, não me venha com churumelas! Não sou melhor que o meu vizinho, nem você e melhor do que aquele que se avizinha à sua crença e aplaude sua grande performance! Não me venha com essa de que a sua minoria – os papéis sociais de hoje se inverteram, não que eu discorde do benefício proveniente dessa transformação – é melhor que a grande maioria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem é você, meu amigo, senão apenas mais um, com um rótulo mais admirável em alguns circuitos restritos? É homem que pensa mais, logo existe mais? Você não é menos humano que qualquer um que transita por entre locais que possivelmente, nunca passará. Acorde para sua existência tão significativa e pouco significante, como a de qualquer um que despreza. Você não é tão diferente ou especial quanto imagina!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sabe! Relendo esse texto, percebi que as linhas e entrelinhas servem também aos religiosos, que se dizem autoridades detentoras da grande verdade! Percebi ainda que se encaixa perfeitamente aos políticos e empresários que usam e abusam de sua pobre retórica, muito bem aplicada. Acredito que caiba ainda, para todos os que se voluntariam a se relacionar conosco. Ou mesmo aqueles com quem temos que involuntariamente, conviver. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Poxa, que constatação óbvia! Como somos todos diferentes, e ao mesmo tempo tão iguais, em meio às demandas do tempo de nossas vivências, não e mesmo?!</span><o:p></o:p></span><br />
<span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></span><br />
<span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Texto: Luciane Trevisan Leal</span></span></div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-9110835620595680062011-08-12T17:02:00.003-03:002012-08-14T14:11:39.991-03:00Artigo: O Descontrole da Técnica e da Vontade<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Por mais que nos encontremos envolvidos por ela, dependentes dela e aparentemente gratos por sua condição de nossa morada e provedora de nossas possibilidades de existência, parece que as escolhas da natureza promovem também um incômodo que insiste transitar por entre uma relação que acredito, todos concordem, deveria ser harmônica. Homem e natureza, personagens separados na contemporaneidade, têm certa dificuldade de interagir! Parece haver uma confusão, uma inconformidade nos papéis que cada um deles deve encenar no palco do espaço-tempo que em sua tessitura acomoda a existência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A questão que nos salta e mobiliza a filosofia da ciência, absorvendo obviamente discussões éticas, não poderia deixar de voltar sua atenção para o que se refere ao controle ou descontrole da técnica pelo homem. Até onde temos o direito de nos apropriar das leis naturais para interferir na ordem natural das coisas? Complementaria a questão ressaltando: temos o direito e (ou), habilidade suficientes para ocupar aleatoriamente o lugar da divindade que matamos? O que mais podemos inventar e destruir? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Não tendo como deixar de dar o devido crédito ao legado cartesiano, o homem mais uma vez é o princípio da dúvida e o fim de qualquer proposição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A história da ciência nos conta que é natural do homem o encanto pelo conhecimento e o espanto que causa a dúvida. Mas parece que nos primórdios nossa busca procurava se concentrar apenas – o que já é muito –, na compreensão do funcionamento das coisas. O que se desenrola no alvorecer da sociedade moderna é uma mudança de nossas demandas, estas que agora tendem a ultrapassar o desejo pelo conhecimento das coisas se rendendo ao ensejo do controle delas próprias. Porém, juntamente com a vontade do controle e certeza sobre tudo, caminha ainda a duvida sobre o próprio controle que se deseja. Onde e quando deve ser desenhada a linha que interrompe e solicita a reconfiguração de nossas vontades e desejos? Esse espaço limítrofe deve existir?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Bem da verdade, a evolução da ciência parece para muitos acompanhada da dissolução do homem, do humano, em alguma coisa que talvez nem a ficção científica seja capaz de pensar. Mas será que o desenvolvimento da técnica na atualidade, em termos de obtenção de realização dos desejos humanos, difere tanto de nossos antepassados? </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">O Acontecer do<i> Dasein</i></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Martin Heidegger, filósofo contemporâneo, afirma que a relação do homem com a totalidade do mundo é essencialmente técnica. </span>Mas o que é esse mundo e como se dá a relação do homem com ele? O que o filósofo entende por totalidade do mundo?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Martin Heidegger foi leitor dos pensamentos de Husserl, que focava sua reflexão numa discussão sobre as filosofias da consciência trazendo à tona a analítica sobre a existência dos fenômenos. O que com Husserl se quer discutir é como os entes se mostram, existem e são, como os entes se apresentam à consciência. A fenomenologia, bastante presente no pensamento contemporâneo, é definida a partir destas bases. Mas para Heidegger, o modo de ser de cada coisa difere, na forma com que cada uma delas se apresenta à nossa consciência. E estas formas variadas de ser de cada coisa aparecem, se mostram ou se ocultam, a um determinado ente: o homem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Heidegger constrói sua filosofia a partir de uma proposta de reabertura da pergunta do sentido do ser, que como defende o filósofo, fora questão abandonada pela tradição filosófica. E para que haja de fato a reabertura dessa pergunta há que se indagar sobre o modo de ser do ente que faz a pergunta pelo ser, já que é somente nele que a questão se formula. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O ente que pergunta pelo ser, para o filósofo, não é somente uma consciência, mas uma consciência do mundo, no mundo. É o mundo sobre o qual ele pensa e age, com o qual ele interage. Esse ente é e está no mundo, uma rede de significados que dá a ele sua totalidade. Tudo aquilo que o ente experimenta, que abriga o ente, o conjunto de suas vivências, é o seu modo de se perceber, o seu lançar-se no mundo. A essa totalidade Heidegger chama <i>Dasein<a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Ci%C3%AAncia%20e%20Contemporaneidade/O%20Descontrole%20da%20T%C3%A9cnica%20e%20da%20Vontade.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></b></span></span></a></i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O <i>Dasein</i> nomeia o mundo e se percebe como ente lançado nesse mundo que já existe, que detém seus valores construídos, que tem história. Dá significado ao mundo na medida em que acontece nele. Compreende, conceitua, interage com o mundo, essa grande reunião de entes. Vivencia a reflexividade, o processo interativo com o mundo, criando novos significados para ele, constantemente. Acontece no mundo e faz o mundo acontecer. É homem no mundo e mundo no homem, é acontecimento do ser-aí. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Essa inovação na fenomenologia leva a um afastamento das filosofias da consciência<a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Ci%C3%AAncia%20e%20Contemporaneidade/O%20Descontrole%20da%20T%C3%A9cnica%20e%20da%20Vontade.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span></span></a> para no lugar ressurgir a reabertura da pergunta pelo sentido do ser que substitui a ideia de consciência pela ideia de <i>Dasein</i>. Para Heidegger, se já não bastassem as razões metodológicas para a reabertura da pergunta, para além delas o filósofo acreditava ser a reformulação da questão do sentido do ser a mais proeminente e necessária, já que o que nos define como homem é o ser. A questão do sentido do ser para o filósofo carrega assim, uma dignidade em si mesma. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Levando em conta a afirmação de Heidegger sobre um mundo que se torna cada vez mais técnico, se fizermos uma ponte ligando as discussões éticas que envolvem o desenvolvimento das tecnologias atômicas e da biogenia<a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Ci%C3%AAncia%20e%20Contemporaneidade/O%20Descontrole%20da%20T%C3%A9cnica%20e%20da%20Vontade.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span></span></a> por exemplo, parece haver uma necessidade implícita de que a pergunta pelo o sentido do ser retorne com toda sua força. <o:p></o:p></span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br />
</span><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Patrimônio da Humanidade: Razão e vontade</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 252.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">“A Natureza torna-se um gigantesco reservatório, uma fonte de energia para a técnica e para a indústria”</span></i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> (J. Habermas)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 216.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">As escolhas da natureza, tanto para o que nos parece bom quanto para o que nos parece ruim, durante bilhões de anos proporcionaram ao homem uma estabilidade, uma regularidade que permitiu nossa simbiose com o entorno, uma troca a partir da qual nos compreendemos, criamos nossos códigos morais e construímos nossa história. Porém a natureza que nos permite ser, também nos condena à morte e nos lembra a todo o tempo o quanto somos vulneráveis. O desespero do homem, nossa angústia em face da possibilidade do desaparecimento, nos impele a necessidade de controlar aquilo que pode nos destruir. Seria somente uma luta pela preservação, biológica, instintiva, própria de todos os animais, porém, carregamos o que nos difere das outras espécies. Uma vantagem evolutiva, uma característica que nos capacita construir... e destruir: a racionalidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A faculdade da razão é a especificidade que nos permite um questionamento que extrapola os limites da possibilidade de desaparecimento de nossa espécie. A razão permite constatar e questionar uma verdade perturbadora, que é a certeza do desaparecimento como indivíduo no espaço-tempo, como sujeito que pensa, que existe, que sabe que é. O <i>Dasein</i> que constantemente re-significa o mundo, refaz então seus códigos morais e éticos e os reinventa de modo que possa se permitir buscar na natureza que quer proteger – mas da qual também se protege –, a pedra filosofal<a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Ci%C3%AAncia%20e%20Contemporaneidade/O%20Descontrole%20da%20T%C3%A9cnica%20e%20da%20Vontade.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4]</span></span></span></a>. A racionalidade que nos faz <i>Dasein</i>, pretende substituir, criar o mundo de uma outra maneira, em prol de nossa permanência, em prol da facilitação da nossa preservação como espécie, mas para além disso, talvez tenha um objetivo realmente ousado que possa garantir o maior desejo humano: a eternidade de nossa existência subjetiva. <o:p></o:p></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: small; line-height: normal;"></span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 288pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 24px;">“(...) não podemos excluir o fato de que o conhecimento de uma programação eugênica do próprio patrimônio hereditário limita a configuração autônoma da vida do indivíduo e mina as relações fundamentalmente simétricas entre pessoas livres e iguais.”</span></i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 24px;">.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 288pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">(J. Habermas)</span></span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"><br />
</span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Parece que esse desejo de permanecer acontecendo, existindo, sendo ele exteriorizado ou latente na condição humana, esbarra na totalidade do que somos, esta que ultrapassa as fronteiras da biologia, para fazer morada em edifícios cujos alicerces são construídos nas bases da cultura. Nossos códigos morais e éticos são também característica de nossa condição humana como salientado por Habermas: <i>“A manipulação dos genes toca em questões relativas à identidade da espécie, sendo que a autocompreensão do homem enquanto ser da espécie, também compõe o contexto em que se inscrevem nossas representações do direito e da moral”</i> (J. Habermas). Porém, a racionalidade cartesiana da qual somos herdeiros, que torna possível a compreensão de nossa condição humana dentro destes códigos, é também responsável por nos mostrar que somos muito pouco autônomos na escolha do que nos define como sujeito. Por mais únicos que sejamos, somos relegados às demandas de nosso tempo, o real mentor de nossa identidade ornamentada pela razão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O mundo estar se tornando extremamente técnico parece mais uma etapa de uma linha tênue de transição histórica<a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Ci%C3%AAncia%20e%20Contemporaneidade/O%20Descontrole%20da%20T%C3%A9cnica%20e%20da%20Vontade.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span></span></a> que carrega sempre com ela as transformações com as quais ainda não nos identificamos, justamente porque transitamos entre limites pouco específicos nos quais ainda não nos compreendemos acontecendo. Como Heidegger ressalta, somos um acontecimento, um ser aí, homem e mundo no tempo de agora. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nossas visões de mundo são embasadas em identidades e juízo da realidade construídas na história do ser acontecendo. Assim se forjam nossas dúvidas em relação à nossa própria apreciação do real como também aos limites que nos devemos impor. As transformações que vivenciamos e as necessidades que construímos em virtude delas são fato de nossa existência, do acontecimento do mundo, do vir a ser que somos e ao qual estamos sujeitos. <o:p></o:p></span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br />
</span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><b>A Vontade que acontece</b></span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 16px;">Levando-se em conta o <i>Dasein </i>que somos e acontece, a realidade atual não aparenta ser mais assustadora que antes do desenvolvimento da física e da tecnologia em meados do séc. XX, mas parece sim ser, nada mais nada menos, que uma continuidade do permanente objetivo de colocar em prática os desejos e vontades humanas. Parece razoável pensar que não se deve fixar o olhar nas diferenças das técnicas dos gregos antigos e das técnicas atômicas atuais, a nanotecnologia e a biogenética ou biotecnologia, mas sim na única coisa que parece imutável na rede de significados que é o homem no mundo: a vontade humana, motor de construção e destruição. O que sugere a história da evolução tecnológica, é que um processo de desenvolvimento que pode parecer linear a princípio, faz na verdade emergir uma ruptura com a forma com que lidamos e interagimos com a natureza, talvez significando uma tentativa de substituição da natureza como ela é, para uma outra natureza, inventada, no intuito de que permaneça sob controle, sob o domínio de nossa vontade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Como afirma Heideigger <i>“(...) propriamente estranho não é que o mundo esteja se tornando completamente técnico. Mais estranho ainda, é que não estamos preparados para essa transformação” </i>(M. Heiddeger). Não seria o esquecimento do sentido do ser a razão deste despreparo? Talvez não seja inviável imaginar que a pergunta relativa ao ser deva reaparecer com força de modo que com ela possamos melhor nos compreender nesse tempo e por conseqüência entender o porquê de nossa entrega ao domínio e desmandos da técnica? De forma concomitante à pergunta do sentido do ser poderemos questionar de fato: para quê tudo isso?!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A vida proveniente de uma decisão eugênica não parece ser menos vida que aquela contida em um embrião onde se pretende excluir determinado composto multicelular. Surpreende a idéia de que deixaremos de ser iguais ou que perderemos nossa identidade, quando talvez o que continuará prevalecendo será a indubitável constatação de que alguns são “mais iguais que outros” e de que nossa identidade é uma construção de nosso tempo. Surpreende também que o pensamento contemporâneo ainda se choque com todas as interferências do homem que parece ter como premissa a tão repetida frase “brincar de Deus”. Parece de fato não haver surpresa nenhuma nos desejos insanos de domínio sobre a natureza, já que eles sempre pairaram lado a lado ao nosso terror pela possibilidade – ou certeza – que a não existência promove. Parece não haver porque mensurar um passado glorioso de desenvolvimento científico e o presente de uma ciência que destruirá a natureza humana. No final, o que seria mesmo a natureza humana?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A pergunta que coloca em foco os limites do desenvolvimento científico parece em verdade necessitar uma nova formulação que ultrapasse a questão da técnica em si. Porque precisamos disso tudo? Precisamos reformular essa pergunta, com base numa resposta que já temos: o medo de deixar de ser, de deixar de acontecer. Seria a resposta que temos a razão de reformulação da pergunta que nos devemos.</span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br />
</span><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Reformulação da Pergunta</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Parece não haver certo ou errado, enquanto que nos achamos como sujeitos no tempo... e ao tempo! Parece não existir a possibilidade de uma regra em absoluto, verdadeira, ou uma ética universal – por mais necessária que ela se faça. O que parece haver são apenas formulações de exigências comuns que vigoram no agora, e constatações, por certo cada vez mais velozes, de leis naturais passíveis de modificação porque vinculadas ao tempo de nossas necessidades, diga-se, de nossas inventivas possibilidades em meio ao acaso que somos. O mundo pós-contemporâneo, pode parecer absurdo dizer, não parece tão distante do tempo de nossos antepassados que deram o pontapé para todo o conhecimento que temos hoje. Por mais que seja óbvia a diferença, para não parecer tão absurda a comparação, me explico: a técnica de que nos orgulhamos, e da qual ao mesmo tempo nos retratamos, parece ser tão somente, mais uma característica de nossa condição humana que deixa a vontade invadir a racionalidade tão festejada. A racionalidade que não nos conteve, ou nos trouxe a um lugar melhor que o de nossos antepassados místicos. A defesa de uma ciência racional em contraposição à qualquer verdade mística, parece ser nada mais do que uma ciência permeada pelas vontades... muito humanas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O homem se compreende no tempo e por mais que queiramos deter o controle de tudo que nos envolve, o tempo não somos capazes – ao menos até onde se sabe –, de controlar. O tempo dita as regras de nossa existência, conduz nossas decisões e nos molda de acordo com sua prerrogativa. Desenvolvemos nossa ciência no tempo de determinada apreciação do real, de determinada necessidade de nos compreender em meio ao entorno, mas parece que quando forjamos nossa crítica ainda insistimos em não fazer conta de que somos constituídos pelo tempo do homem de agora, o que não poderia deixar de abarcar, o homem crítico de agora. O <i>Dasein</i> constituído e constituinte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A questão que deveria estar no cerne do entendimento sobre a necessidade de limites ao desenvolvimento científico, parece estar no complemento da obra de M. Heidegger cuja descontinuidade reflete nossa incapacidade de lidar com o limite que para nós é certamente o mais significativo e por isso mesmo o motor de todas nossas conquistas e percalços do ser aí: a possibilidade, ou certeza, da não existência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Retornemos à raiz de toda a história do conhecimento no ocidente. Esmiucemos a história da filosofia desde os pré-socráticos até agora e façamos uma varredura no HD de nossa história tentando decodificar o ser codificado na tradição filosófica. Ele está ali, está aqui. Não escapa das possibilidades e limites que estão no tempo de sua expressão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A pergunta que nos devemos é anterior à ciência que só faz responder às nossas necessidades de permanecer no lugar que conhecemos. Quem somos e por quê? A pergunta que insiste querer permanecer, de onde insurge todos os desdobramentos<a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=6279742908840059253&postID=911083562059568006" name="_GoBack"></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Ci%C3%AAncia%20e%20Contemporaneidade/O%20Descontrole%20da%20T%C3%A9cnica%20e%20da%20Vontade.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span></span></a> <i><span lang="PT-BR">Dasein</span></i><span lang="PT-BR">, uma abertura às possibilidades, estar lançado na existência. A própria existência que acontece, homem e mundo que não se dissociam. Ser-aí.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Ci%C3%AAncia%20e%20Contemporaneidade/O%20Descontrole%20da%20T%C3%A9cnica%20e%20da%20Vontade.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span></span></a><span lang="PT-BR"> Difere das filosofias da consciência de Kant, Hegel, Shopenhauer e Hurssel, na tradição filosófica. Consciência e ser não são a mesma coisa, já que o ser se apresenta à minha consciência assim como ela também se apresenta a mim<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Ci%C3%AAncia%20e%20Contemporaneidade/O%20Descontrole%20da%20T%C3%A9cnica%20e%20da%20Vontade.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[3]</span></span></span></a><span lang="PT-BR"> Não serão apresentados argumentos relativas aos aspectos econômicos do mercado do mapeamento genético, o que por si só, já renderia uma ampla formulação discursiva.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Ci%C3%AAncia%20e%20Contemporaneidade/O%20Descontrole%20da%20T%C3%A9cnica%20e%20da%20Vontade.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[4]</span></span></span></a> <span lang="PT-BR">O mesmo que um elixir da longa vida, para os alquimistas.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><a href="file:///C:/Users/LucianeTrevisan/Documents/Filosofia/P%C3%B3s%20Gradua%C3%A7%C3%A3o%20Fil.%20Contem/Ci%C3%AAncia%20e%20Contemporaneidade/O%20Descontrole%20da%20T%C3%A9cnica%20e%20da%20Vontade.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[5]</span></span></span></a><span lang="PT-BR"> A idéia aqui não é fazer alusão a esta transição no tempo como parte de um processo de evolução (desenvolvimento, progresso), como na perspectiva hegeliana: história como uma linha continua com um ponto de chegada, onde o auge seria o progresso e concomitantemente, o fim da história.<o:p></o:p></span></span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Artigo: Luciane Trevisan Leal</span></div>
</div>
</div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-3157322445757285282011-07-28T01:33:00.004-03:002012-08-14T14:16:56.543-03:00Morte<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">É Sombrio lugar que desconheço<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Acontece na dúvida, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">na aurora de um limite denso<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Inóspita, nada ali é germinado<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Incógnita, permanece solo calado<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Inverno eterno, tempo seco<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Perfura a vida com navalha<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Se aloca no peito e por dentro se espalha<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Dor que causa, paz que ás vezes calha<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">É interruptor da alma que se apaga<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Inerte deixa o corpo que nada afaga<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Se espalha pelo mundo feito praga<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">A ela não devo respeito<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Não me interessa lugar que não é do meu preito<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Ignoro que é única verdade... e está feito<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Já que cega uma vista para outra deixar ver<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Extingue a chama que deixa de acontecer<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Não terá meu apreço, o que me causa não mereço<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Caio no mundo e finjo que a desconheço <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Me aventuro nos meus abusos, reconheço<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">E que serei dela simplesmente... esqueço<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Texto: Luciane Trevisan Leal</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">(Com registro de propriedade intelectual)</span></div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-40296403820398657192011-05-13T13:55:00.001-03:002012-08-14T14:19:24.103-03:00Sendo<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Prosa Filosófica inspirada na obra “O Ser e o Tempo” (M. Heidegger)</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Texto: Luciane Trevisan Leal</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Não sou a dona de mim, mas parte de uma totalidade das coisas, que me divide, e ao mesmo tempo unifica. </div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Parte da existência que faz meu ser absoluto desconhecido, oculto, e meu vir-a-ser no tempo o único possível de revelar-se.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Meu movimento no tempo carrega a parte de meu precedente vir-a-ser – do passado –, e meu cedente vir-a-ser – do presente.<br />
É ser absoluto no ser-aqui, presente no exato instante da existência,<br />
que já não é mais o passado, a sentença que acabou de ser escrita.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Seja ele hoje meu ser possível, porque fora outrora o vir-a-ser do passado,<br />
se realiza, acontece, somente na instância de tempo do agora.<br />
São duas feições de mim, unas, inseparáveis.<br />
Minha existência: o mundo imerso no homem de agora, e o homem imerso no mundo imediato.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Meu ser-homem, meu ser-mundo!</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Há uma feição minha que não é só minha, mas do mundo circunstancial, instantâneo: o lugar do acontecer da história do ser.<br />
Lugar que é familiaridade, habitat. Um espaço-tempo no qual fui jogada… sem escolha!</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
É mundo que acontece, aparece… é abertura.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Minha outra feição é a verdade da verdade, precisão nunca vista, imprecisão prevista.<br />
Nada familiar, não factível, nada além do que não é cotidiano.<br />
È indeterminada, oculta no lugar do meu acontecer.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Vem-sendo comigo, mas se cala, não se mostra.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Se retira enfraquecida diante da força da familiaridade do mundo... que também sou eu!</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Se abstêm de mostrar-se, não por escolha, mas por ser que o é: o avesso da familiaridade.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
É dela que nasce minha angústia, da sutil aparição da ausência de meu habitat costumeiro.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Essa revelação, a presença da ausência do familiar,é tênue. Quase tão imperceptível quanto partículas sub-atômicas.<br />
É uma instância de tempo que de tão pequena, não se contabiliza.<br />
Aparece na quebra do evidente, na ruptura da lógica costumeira, em um repente.<br />
Se mostra no diferente, no estranho que sou e estou.<br />
É imersão absoluta no mundo e em mim: o Dasein constituído e constituinte.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Do meu vir-a-ser que acontece e angustia, meu futuro herdará a lógica edificada.<br />
Será constâncias de acasos ou ainda algumas construções conscientes, mas sempre meras ou grandes... possibilidades.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Sempre possibilidades, que se alinham à minha prosa, e que assumo na direção da extinção das mesmas.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Pois o fim das minhas possibilidades, a plenitude do meu ser, é a finalização do meu ser-aqui.<br />
Meu vir-a-ser, minhas duas faces, de clareza e ocultação, que vão de encontro ao nada!</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Meu fim, minha morte, meu acabar de acontecer...</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">
Ao menos no tempo que é do meu conhecimento.</div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-44041693063248103152011-05-09T17:13:00.003-03:002012-08-14T14:20:01.584-03:00Visita<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Alguém aparece frequentemente</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>E insiste permanecer um milésimo de segundo</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Seu adeus nessa curta passagem de tão irresponsável</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Transtorna, confunde, deixa inconsolável</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Pois antes de sua saída, o tempo retorna</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Deixando fissuras em meu universo presente</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Memórias de convicções passadas, </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Nunca esquecidas, acredita-se superadas, amadurecidas </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>A visita, sem nenhuma força contrária</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Reafirma a suspensão da segurança pregressa </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Na forma de nostalgia de um tempo</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>em que a dúvida não era uma regra</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Desarranja o tempo de hoje </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>A quase arte da vida que pode ser percebida</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>por mais que não completamente vivida</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Nem por isso menos segura e querida </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>O estrago que faz é doença da alma</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Pois remonta ao não mais existente</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Que por isso mesmo não acalma</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Só faz confrontar o intento de negar</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Faz sentir o repleto de uma outra </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>De um tempo que faz alusão à verdades</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>nunca negadas, nunca comparadas</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Simplesmente prontas e acabadas</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>A visita traz à tona uma certa inocência</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Na figura do que se tinha por decência </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Na ideia do sagrado adorado, amado</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>que pela mentira da vida do homem fora estragado</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Por mim negado, desacreditado</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>O sagrado que vem para insistir interpor-se aos meus passos</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Na forma de uma construção humana intolerante e inquisitiva</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Que quer se fazer presente, convincente, requerente</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Essa bagunça no meu arrumadinho incerto </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Que parece ser o que tenho de certo</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Causa confusão que me atormenta e não movimenta</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Me embaralha o querer e o que de fato poder </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>É A visita da outra tão frequente</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Que se mistura ao eu de hoje e constrói um outro ausente</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Que se confunde ao decidir e no como agir</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Me tirando da ignorância exequível, fazendo querer uma verdade impossível</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Texto: Luciane Trevisan Leal</i></div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-86020422070175033192011-05-06T04:50:00.003-03:002012-08-14T14:21:03.320-03:00O Verdadeiro sobre a Verdade<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>O homem só o é no mundo</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>O mundo só o é no homem</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Verdades são do mundo</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Verdades são dos homens</i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>O Mundo cria seus homens</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Homens criam seu mundo</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>O mundo desvela sua verdade</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>A verdade desvelada revela o homem</i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Revelada a verdade do homem</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Reafirmada é a verdade do mundo</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Não há mundo sem a verdade do homem</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Não há homem sem a verdade do mundo</i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>O homem não é o que parece, mas permanece</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>O mundo só é o que ao homem lhe parece, e permanece</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Mas a verdade que ao homem aparece</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>é o que de fato perece</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br />
</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Texto: Luciane Trevisan Leal</i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-41411927155551052072011-04-11T20:18:00.005-03:002012-08-14T14:21:34.557-03:00O Massacre de Realengo e nossos Monstros<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNBE6ERpJ5Q3K1zsaLSGjCLWSEQyTN2oGTiGiFQCXYbqULqd2eS4T6PEgoBL0FqVeVHCXD1B09_KWWVeIOJoMLqGEDkZnzH1XA3OZwEMbE4FRoMMo73KdvHUKfZYvve0j7XxOdL9rgOks/s1600/carta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNBE6ERpJ5Q3K1zsaLSGjCLWSEQyTN2oGTiGiFQCXYbqULqd2eS4T6PEgoBL0FqVeVHCXD1B09_KWWVeIOJoMLqGEDkZnzH1XA3OZwEMbE4FRoMMo73KdvHUKfZYvve0j7XxOdL9rgOks/s320/carta.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br />
</o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Parece não haver mesmo palavras para definir a mistura de sensações com a última aberração que assistimos insistentemente pelos meios de comunicação nos últimos dias: o massacre na escola de Realengo, no Rio de Janeiro. Raiva, indignação, tristeza, mas talvez a maior sensação e mais horrível de todas: medo! Como compreender a verdade gritante que a qualquer momento uma mente ensandecida possa atravessar o seu caminho, o meu caminho, a vida das pessoas que amamos, a vida de crianças. Meu Deus, crianças! O que leva um rapaz jovem, com a vida toda pela frente, a engendrar, de forma calculada e maquiavélica, a execução em série de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">crianças</b>?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando vivências sociais infelizes vêm de encontro à estruturas mentais desnorteadas, o saldo é tristeza e perplexidade. Pessoas capazes de tamanha atrocidade são perturbadas mentalmente certamente. Mas não se pode deixar de salientar que mesmo psicopatias são alimentadas e legitimadas por uma doença que não é somente individual, mas social: covardia. Uma incapacidade de enfrentar a vida mas com grande habilidade para colocar no buraco da alma qualquer discurso fascista e egoísta que preencha o vazio e ajude a inflar o ego enfermo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mentes alucinadas e ensimesmadas quando apresentadas à discursos fundamentalistas e preconceituosos encontram nessas falas a “salvação” para o buraco individual e social em que se encontram, buraco este, na maioria das vezes, cavado por outras mentes, não menos adoecidas pelo meio em que vivem ou criação, mas talvez biologicamente mais adaptadas a ele, e por isso consideradas mais “fortes” ou racionais. Estas últimas, que deveriam desencorajar certos discursos que perturbam o senso crítico – ainda mais nos casos de quem tem pouco ou nenhum –, ao contrário, nutrem as turbas de carentes incapazes de conviver com suas limitações e as dos outros, com os desapontamentos e rejeições vexatórias nas relações, com as frustrações que qualquer um que está no mundo está sujeito a sofrer. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao menos a parte conhecida da história de Welington Menezes, é a mesma de muitos, inclusive de conhecidos meus dos quais já tive e tenho medo de determinadas atitudes. Pessoas introvertidas (não falo da timidez natural), isoladas, que encontram na solidão e fuga das vivências frustrantes, uma forma de não ter de lidar com o limite do outro que não podem compreender ou controlar. Pessoas que entendem não estar de posse absoluta das próprias emoções que emanam do contato com o outro, este ser estranho, que poucas vezes estará na mesma sintonia, e por isso mesmo perturbará a ordem de seu próprio descontrole habitual.<br />
O perigo é que pessoas assim, que vão se isolando cada vez mais e mais em seu mundinho de reclusão, vão pouco a pouco inventando uma realidade própria. Percebem o mundo externo pelos sentidos como qualquer outra, o organizam à sua maneira como qualquer pessoa, porém, escrevem suas representações com base na leitura de uma realidade distorcida. E quando esse mundo externo ao seu isolamento apresenta um discurso que os transporte de alguma forma para fora de sua reclusão, incluindo-os de alguma maneira no lugar em que queriam estar e serem aceitos, tapando assim o buraco de sua alma e gerando os símbolos que necessitam para dar sentido ao que vêm e não compreendem ou controlam, eles se entregam de cabeça àquela apreciação e razão para existência, no meio que acreditam agora ser possível pertencer. Erguem ao patamar da adoração os símbolos que dão significado àquilo que vêm. Identificam neles o que os agrega, o que lhes traz um significado qualquer de pertencimento, mesmo que seja pertencimento no seio do repugnante, da covardia. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os símbolos que vão sendo incutidos, que criam essa sensação de pertencimento a alguma coisa, que todos nós procuramos – símbolos que doentes mentais também buscam –, são construídos pelos discursos correntes, de toda a sociedade, são forjados pelas nossas crenças e certezas. Se nossas crenças e certezas unem, facilitam a convivência, agregam valores de tolerância e amor, contribuímos na constituição de crianças, futuros adultos, comprometidos com uma convivência social pacífica. Mas se ao contrário nossas crenças segregam, enfatizam a diferença como alguma coisa a ser intolerável ou feia, construímos esse tipo de monstro, que pode ser doente mental ou não. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Welington Menezes certamente tinha problemas mentais, até porque matar criancinhas com a frieza de uma pedra ultrapassa a qualidade da perversão de um neurótico apenas. Porém, não é a doença mental que torna alguém monstruoso. Todos nós, com nossas crenças e verdades banhadas pela nossa covardia ao encarar o diferente de nós – e porque não dizer, até o nosso diferente íntimo –, é que construímos nossos monstros exteriores… e também os interiores.<br />
<br />
Texto: Luciane Trevisan Leal</div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-14768425649924051032011-03-10T00:08:00.004-03:002012-08-14T14:22:03.658-03:00A Imagem<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa imagem que já não te apraz, vai que se desfaz?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Num milésimo de tempo… não se recupera mais</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa imagem de si que falo, que pouco te participa de fato,</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Certamente para os outros, te dignifica no ato</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nela tu não és por inteiro</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">mas para o mundo é o que há de verdadeiro.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Desfazer-te dela agora é grande erro,</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">é através dela que a ti consideram com esmero.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dada à morte, pode tornar-te refém… da má sorte</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já que ela é teu suporte, teu passaporte.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por mais que a tenha edificado num engano primeiro</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que te faz agora revogado, anulado, quase que por inteiro.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Conserto não há, o desastre já está</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Da ilusão que erigiu esconda o desencanto que emergiu</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É o melhor a fazer, conveniente aos outros parecer</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim ninguém lê, o que em si, nem você direito vê</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Texto: Luciane Trevisan Leal</span>Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-44997804357710828862011-02-24T00:16:00.007-03:002012-08-14T14:22:43.622-03:00Poema da Vida Contida<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><br />
</i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se passo desapercebida reclamo do engano</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">de quem não me lê, não me vê, não me crê</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas sinto tensa a minha postura às avessas</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">o impacto de um fim que é causa, e também pausa de mim.</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando venho chegando, me apresentando</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">me sinto me entregando demais, me mostrando demais… contrariando demais</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Minha estrutura incontida me acusa, causa recusa</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Incômodo atiça, à tolerância necessária… preguiça</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É que com a regra me indisponho, nela me contraponho.</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E todos notam minha destemperança, e anotam para cobrança</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ainda assim insisto no confronto com meu tempo, sem calma, mas com alma.</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Amando o que me seduz e desprezando o que me reduz</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A loucura me vê e bate palma, a normalidade quer resgatar e mata minha alma.</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Homens-deuses construídos me dizem e negam, o que meus pedaços mortais contradizem e agregam</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Me vejo entre eu e eles, perdida, desiludida. Alguns podem dizer até possuída.</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas considero demônios que inventam e atacam, verdades que me inflamam e arrematam</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A medida dos homens, sua balança, minha compreensão não alcança</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E passo pelos vícios, me entregando aos solstícios.. e à suplícios.</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vivendo com medo do corte da vida, do negro da morte, do norte de minha sorte</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Negando a paz que minha mente pede e minha incapacidade me impede</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Convenções já não me cabem mais, devo dizer, normalidade disfarçada me esvazia o ser.</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Então, da enfermidade que pensam me definir, escancaro a ferida. E crio o poema da vida contida</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Exercito centralizar o passo, para tentar viver bem… o descompasso</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que tenta se encerrar numa sensação de contínua partida, que me abre ao mundo, mas também me leva ao fundo.</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Me fixo então na esperança, da criança, que tudo alcança</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ainda me surpreendo, me compreendo e pouco me repreendo.</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Deixo a paixão ainda mover, absorver, e no meu caminho por completo me envolver</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para assim deixar de me conter, não me suspender, e simplesmente viver e ser</span></i></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Texto: Luciane Trevisan Leal</span></i><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(Poema com registro de propriedade intelectual)</span></i></div>
<br />
<br />
<a href="http://www.safecreative.org/work/1102258578757" rel="cc:license" xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#"><img alt="Safe Creative #1102258578757" src="http://resources.safecreative.org/work/1102258578757/label/standard-72" style="border: 0;" /></a>Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-75820805669638720522011-01-24T00:50:00.005-02:002012-08-14T14:24:51.845-03:00Trata-se de outra<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entenda. Eu não sou o que escrevo, não ao menos na vivência do cotidiano fantástico.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O dia pós dia me serve de fuga, quando não mais me sustento no meu enclaustro</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ás vezes afastar-me de mim traz seus benefícios,</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">na medida em que descanso do meu inteiro, que me causa imensa fadiga.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se sua demanda é pela pessoa das frases elaboradas e não contidas,</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">renuncie à essa ideia!</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tiro férias de minha profundidade, na maioria de minhas relações.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Seria insuportável para o outro, o tempo todo de minha inteireza.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A pessoa de seu desejo está na reclusão, no isolamento de seu cárcere privado.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aquela que vê se contem na necessidade do meio, é outra no inteiro.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não posso me envaidecer pela sua admiração, já que em realidade me compadeço de sua ilusão.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pois seu entusiasmo está para muito além de minhas possibilidades de contrapartida.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E o que me resta é me compadecer de sua decepção, no momento que esta certeza vier à tona.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="line-height: 16px;" /></span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Veja. Meu amor por você será sempre restrito, e incessante aos diversos.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Isso te assusta? Não menos espanto me causa!</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os diversos não são mais que as manifestações que me tiram do chão...</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">que poderão não ser suas demonstrações de si.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Obviamente que serão, certas vezes, suas afeições.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Outras vezes até as imaturidades que emanam de seu charme.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o que me envolve na totalidade está para muito além do alcance de nossas consciências.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os enígmas que me cercam são meu lugar de dúvida, e também o refúgio que me encanta.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um lugar que não é só seu ou meu, mas aldeia de todos.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tantos e tantos sejam os mistérios menores que me queira apresentar,</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">estes que pretende construir na tentativa de satisfazer minha ambição pelo desconhecido...</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Menor será minha gratidão por esta tentativa que penso infundada.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nenhum mistério pelo qual queira me conduzir será tão grandioso quanto aquele em que me encontro.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="line-height: 16px;" /></span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ouça, você que deseja aquela que se constrói na escrita:</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">quando eu me permitir meu absoluto escapar, a quase tudo causarei desajustes</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Terei menos paixão por você do que pelo pensamento e pela música</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Poderei resistir a você, mas nunca resistirei à completude do que me cerca</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Terei maior desprezo às exigências sociais que me fizer, que ao desastroso resultado por não segui-las.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Farei maior uso das minhas experiências pessoais e menor questão de suas críticas a elas: construtivas, ou não. </span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Darei maior valor ao que construí e às certezas que pretendo desconstruir.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E nunca, veja bem, nunca,</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">à negação dos meus valores, que você tentará consolidar, porque não serão os seus.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Me permita te chamar de louco se ainda assim quiser o meu outro que lê.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Contente-se com o habitual, do dia a dia, sem promessas de êxtase com novidades infindáveis.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Será seu bem, seu consolo.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nem eu suporto por tanto tempo, o que ultrapassa o meu ordinário.</span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="line-height: 16px;" /></span></div>
<div style="line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Texto: Luciane Trevisan Leal</span></div>
<div>
<br /></div>
<br />
<br />
<a href="http://www.safecreative.org/work/1102258578764" rel="cc:license" xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#"><img alt="Safe Creative #1102258578764" src="http://resources.safecreative.org/work/1102258578764/label/standard-72" style="border: 0;" /></a>Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-49556449576264986102011-01-07T02:14:00.001-02:002012-08-14T14:25:26.640-03:00Bate e Rebate<blockquote style="border-left-color: rgb(221, 221, 221); border-left-style: solid; border-left-width: 5px; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 15px; padding-right: 15px; padding-top: 0px;">
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Adoro saco plástico azul - Não penso em sacos plásticos.</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Devoro chocolates - Gosto de devorar, coisas cobertas com chocolate</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não tenho o celular que eu quero, nem o laptop ou MP1000 - Tive o melhor celular, o melhor laptop e o melhor amante. Todos um dia deixaram de funcionar.</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Guardo objetos em caixas - Guardo gatos em caixas</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio prateleiras - Amo minhas prateleiras de livros</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Adoro filmes - Amo filmes e meu irmão cinéfalo. </div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio ser humano (cansada de interagir) - Consigo odiá-los na interação, e amá-los na teoria</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Tenho amigas insanas - Acho a maioria de minhas amigas normais demais</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Tenho um monza 85 - Tenho um pálio 2010, com problemas no freio</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Gosto de música barulhenta - Gosto de música que me faça viajar</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Como chocotone - Bebo Champagne</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Crio hábitos regulares, como almoçar nos mesmos lugares - Crio hábitos regulares. Fumo todos os dias, em qualquer lugar</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Me canso de viajar - Estar no mesmo lugar me enfastia </div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Fico tensa em estradas - Me sinto livre nas estradas,muito som e vento batendo na cara.</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio bancos (instituições financeiras) - O inferno é assistir a propaganda deles</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Guardo todos os bilhetes que ganho - Os únicos bilhetes que guardo são os de loteria</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Adoro filosofia - Amo a filosofia, com toda a força de minha alma</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- O meu brigadeiro é o melhor - Porque você não comeu o da minha irmã</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Adoro fazer bolos - Adoro preparar um jantar romântico</div>
</blockquote>
<blockquote style="border-left-color: rgb(221, 221, 221); border-left-style: solid; border-left-width: 5px; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 15px; padding-right: 15px; padding-top: 0px;">
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Amei amamentar (melhor profissão) - Me arrependerei por não ter sido mãe, talvez por causa da profissão</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio aquela empresa - Se existe algo maior que ódio é o que sinto por aquela empresa</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Amo meus amigos - Nada na vida pode ser melhor que amigos</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Fumo - Fumo exageradamente</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Preciso comprar um imóvel - Quero comprar vários</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não gosto de brigas de família - As brigas de família me tornaram uma pessoa melhor</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Acho que o universo me acusa - Os homens me acusam, o universo me acolhe.</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Quero ir à Europa - Queria ter nascido na Grécia Clássica ou na Roma do Império</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Preciso descansar - Preciso me mexer</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Fico feliz quando estou em casa - Enalteço o raro lugar do privado</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Brinco de dançar - Brinco com tudo, inclusive com a vida</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Uso o mesmo brinco por meses - Usei o mesmo vestido em 5 finais de ano</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio relógio, batom e frio - Adoro relógio, batom e calor</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Pizza, como toda semana - Pizza, como quase todo dia</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Gosto do meu corpo - Amo meu corpo, mas com ressalvas... precisa de reparos</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não como mais as unhas e nem urino na cama - Fumo para não comer as unhas e se continuar a beber a noite um dia vou urinar na cama.</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Mantenho amigos verdadeiros e não verdadeiros por muitos anos - Tenho amigos verdadeiros que não falam comigo a anos. Tenho amigos falsos que insistem em falar comigo todos os dias</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Roubo a caixa de fósforo da cozinha da minha mãe - Roubam meu isqueiro do meu maço de cigarros</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio emprestar dinheiro e ter que cobrar - Não empresto dinheiro para não ter que cobrar</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Amigos passam - Amores passam</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não compreendo noivados neste século - Nunca compreendi casamentos, nem neste século, nem no anterior</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não concordo com contrato de casamento - Não concordo com união que não é pra sempre</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não uso ferro de passar - Só compro roupa que não precisa passar</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Salão de beleza só pra fazer as unhas - Salão de beleza só no último caso</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Adoro dor de dente - Meu dentista me cantou</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Leitura é essencial - Leitura é vital</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Gosto de dirigir 2x por mês - Comecei a dirigir aos 33... e não paro nunca mais</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Preciso ficar no mesmo lugar por mais de 12 horas - Preciso dormir por no mínimo 12 horas</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Amo objetos antigos - Amo a nostalgia</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Coleciono notas de 100 - Coleciono papel de carta</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Coleciono moedas de 5 - Coleciono porta copos de chopp</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Coleciono o necessário - Gostaria de conseguir me desfazer até do necessário</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio dinheiro, religião - Gosto do dinheiro. Minha espiritualidade me confunde</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Desisti da Raquel - Pensei que tinha desistido da Ruth</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Amo minha filha - Amo meu falecido pai</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Cunhadas não acrescentam em nada - Cunhados sugam</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- A Silvinha cansa mas precisa de mim - Ás vezes não me suporto, mas preciso de mim.</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Minha mãe devia ser pra sempre - Todos que amamos deveriam ser pra sempre</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Meu avô também - Mesmo os que estão distantes</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Ninguém consegue me surpreender - Quando acho que tudo sei, descubro que nada sei.</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- A Laura não fala direito no telefone quando está com saudades - A Liliane fala muito no telefone, mesmo sem saudades</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Brigava com a minha avó - Quase não conheço minha avó</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Minha infância, cheiro de condimentos no Mercadão de Madureira - Minha infância, cheiro de presunto no trilho do trem do Riachuelo.</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Ouvia a hora do Brasil pisando nas cascas de alhos - Ouço horário político, comendo fatias de pizza</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não bebo refrigerante no avião - Bebo água de coco na praia</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Converso com mendigos, chatos e loucos - converso com músicos, artistas e intelectuais, todos loucos. </div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Adultos são crianças para sempre - As crianças de hoje, são adultos desde sempre</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Velhos (adoro) Quero sempre levar pra casa - Velhos me lembram meu pai, que morreu novo demais, aos 70</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Velhas não - Velhas me lembram a mim mesma, que vive de menos, aos 30</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Tenho preguiça de escrever - Escrevo porque tenho preguiça de agir</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Valorizo atitudes determinadas (certas ou não) - Ás vezes me confundo, com o que devo valorizar ou não.</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- As pessoas são volúveis - As pessoas são constantes na inconstância.</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio quem fica bêbado - Odeio a sobriedade disfarçada</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio poeira - Odeio saber que é para lá que vamos</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Gosto de correr com minha filha pela rua - Quando voava, queria correr pela pista de pouso, sozinha e nua.</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Picnic devia ser obrigatório - As coisas simples da vida deveriam ser nossas exigências</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Arte é essencial - Música é vital</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Preciso falar constantemente - Preciso cantar frequentemente</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Adoro o silêncio - A introspecção é o maior motor da criação</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não tenho paciência com animais - Os animais são os melhores amigos, e isso inclui as pessoas que chamamos de animais</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não tenho tempo pra mim - Me canso de estar comigo</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Estou longe da música - A música corre em minhas veias</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Quero tatuagens - Quis que um homem tatuasse meu nome no peito</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Adoro comprar anel, óculos e bolsas (Exclusivamente) - De acordo em tudo. Sou mulher, poxa!</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Quase não corto o cabelo - Estou em mudança constante</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- As pessoas precisam mudar mesmo que pra pior - Se mudar, sempre é para melhor</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Adoro show de rock - Adoro show de MPB</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não gosto de teatro - Adoro a tragédia </div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não sei nadar - Me aventuro no mar, com respeito</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não tenho tênis - Tenho muitos sapatos de salto</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Moro na mala - Moro na lua</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Adoro bonecas - Já quis ser a boneca de alguém</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Amo a memória de minha filha - Sempre amarei a memória do que presta</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Gosto de janela sem cortina - Preciso da cortina, ando com roupa de baixo</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio claridade - Odeio céu acinzentado</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio comprar presentes obrigatórios - Odeio dar presentes obrigatórios</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio ganhar presentes - Adoro regalos que me surpreendam</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Adoro conversar e fumar - adoro cantar e beber</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Meu tesão é passageiro - Meu amor é eterno</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Não me permito relaxar - Só o mar para curar minha ansiedade</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Durmo em horários determinados por mim - Não tenho hora para dormir</div>
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
- Odeio dormir de dia - A noite é uma criança</div>
</blockquote>
<br />
Texto: As primeiras afirmações são de uma amiga, as quais rebato.Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-51338617796609966122010-12-05T16:19:00.003-02:002012-08-14T16:56:42.015-03:00Adapte-se<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Invente uma personalidade, se é que isso é possível!</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>E a transfigure na face, no conjunto que será apresentado.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Ela deve superar o adaptável, para ser de fato, adaptada.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>As particulares a ela pertinentes, devem ser cuidadosamente moldadas.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>A forma, é aquela aceita, ajustada ao que o entorno percebe como real e legítimo. </i><br />
<i>Configure um estilo de vida de acordo com as classificações em vigor,</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="line-height: 150%;">que por mais </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 24px;">múltiplas</span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 150%;"> se apresentem, são na verdade polarizadas em precisão: </span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Saudável ou doente; bem sucedido ou infeliz; </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Informado ou alienado; intelectual ou ignorante;</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Hetero ou homo; feminista ou machista; </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Trabalhador ou vagabundo; corrupto ou virtuoso…</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Se extenso demais a ponderar, na síntese: </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Merecedor simplesmente… ou indigno! </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Use qualquer aposto ou seu oposto. O que melhor te aprazer!</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Considere sempre uma especificidade e seu contrário… e escolha.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Não acredite na versão corrente do tudo válido.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Nela você não cabe e nem vai querer caber. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Na medida em que compreende que igualdade na multiplicidade é domínio da farsa.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Para cada tribo há uma regra, para cada faceta subjetiva uma identidade lapidada.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>E por mais prisional que te pareça a sensação do ajuste compulsivo, </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>é a este cárcere que vai preferir se render. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Porque antes o adestramento de todos, à liberdade de um só.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Antes o comum, ao estranhamento do que te parecerá, o ouvido que não te escuta, </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>o olhar que não te vê! </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Solidão.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Acredite-me quando digo que não há fuga.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Se não for o estranho a controlar tuas habilidades de adequação, </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>será você mesmo a inspecioná-las, criticar sua eficácia… e punir a própria deformidade.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>O tempo é que não será aquele a apaziguar tua dúvida ou padecimento.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Não ele, que funciona como uma ciência exata, </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>abrigando somente o que cabe num espaço de exatidão factível, quase matemático; </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>permitindo somente o que se encaixa na geometria perfeita de uma época. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Para quem tenta ser um transeunte errante em sua época, digo! </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Não brigue com o tempo! </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Porque apesar dele não estar menos a teu favor do que de si próprio</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Será sempre a perfeita conjunção das forças que nunca te dará ouvidos.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>ADAPTE-SE!</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><br />
</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Texto: Luciane Trevisan Leal</i></div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-5526751088658105372010-12-01T22:45:00.006-02:002012-08-14T14:26:45.516-03:00O Grito... que não é pintura<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Insegurança, que seja momentânea, parece paródia na boca dos ditos otimistas.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Estes, serelepes, fingem não observar as vidas que se destroçam diante de seus olhos. </i><br />
<i>Tão incisivas são as fontes de suas certezas… </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>E de tão disfarçadamente vibrante sua vivência, aparentam estar incólumes ao acaso. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Isto somente ostentam, claro! </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Porque ninguém escapa aos eventos imprecisos do tempo. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>São estes os que me dizem: Você? Tão entusiasmada na vivência cotidiana!</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>E na mesma medida tão desencorajada quando se expressa na escrita?</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Aos que respondo: cada um com sua válvula de escape. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Que a minha resistência ao acaso possa ser declarada por esta ferramenta de linguagem. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Assim ao menos, posso me tornar menos incômoda aos que prezo. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Permitirei a eles o direito, diga-se de passagem muito bem vindo, de optar por não me ler! </i><br />
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Todos têm seus momentos de desesperança.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Até nos valemos das possibilidades de atuação no frágil tablado da vida!</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Nele, há figurino desenhado para revestir sentimentos que nos permitem conviver. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>O cenário é atrativo, penso! Mas tornar a vida uma eterna encenação de postura condigna?</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>De simulada posição de mediação para com o que não nos convence? </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Isso me nego a fazer, ou ao menos tento... e me reservo esse direito!</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Poderia descrever aqui as razões para a desesperança, que reitero, são momentâneas… </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Assim como tudo na vida! </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>O leitor deve estar se perguntando quais são elas. Mas não importa! </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Mesmo porque, isto faria desta leitura algo ainda mais chato que o pessimismo implícito. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>A cada um já lhe basta seus motivos para não esperar algo. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>E a estes “o cada um desconhecido” não importa mesmo… </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>no que consistem meus profundos e sombrios buracos da não espera no espaço-tempo. </i><br />
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>O que fica então é somente a ideia de me comprazer destes.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Os que como eu, não se interessam em ocultar seus momentos de desgosto. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Estes também encontram alguma maneira de gritar aos quatro ventos o grito silencioso. </i><br />
<i>Pode estar na leitura, na escrita, no canto, na arte de forma geral…</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Pode estar nas horas e horas diárias de trabalho, nas compensações do consumo…sei lá! </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>No que quer que seja, o que importa? </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Sem vitimização, o fato é: o grito se abafa por detrás de alguma coisa…</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>e está em todo lugar.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br />
</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Texto: Luciane Trevisan Leal</i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-12290381237748502432010-11-27T00:12:00.001-02:002012-08-14T14:29:35.394-03:00Discurso que Legitima o Crime<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br />
</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br />
</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Na fala política e de alguns atores do cenário cultural e acadêmico brasileiro, há um encorajamento de discursos superados, que não dão mais conta de explicar as razões para tamanha barbárie a que todos nós estamos absolutamente vulneráveis e reféns na “Cidade Maravilhosa”: são os discursos que polarizam a sociedade, dividem seres humanos tendo como base valores econômicos; falas ultrapassadas que nas entrelinhas só fazem justificar as atitudes de desprezo à sociedade de direito, às regras de boa convivência, às formas civilizadas de coexistência social. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>As ideias engendradas nas mentes doentes dos mandantes do crime organizado, são quase que legitimadas, pela lógica não menos patológica, daqueles que formam opiniões e que forjam os discursos que serão reproduzidos. De braços dados a eles, toda a sociedade, todos nós, que reproduzimos estes discursos, também culturalmente imersos na “síndrome da vítima”, tratamos ricos como algozes e pobres como sofredores, não cansando de reafirmar a sociedade do <b>ter</b> e não do <b>ser</b>. Mesmo tecendo críticas mordazes ao consumo desmedido, continuamos agregando valor à esta mentalidade na medida em que nos empenhamos para cada vez aparentar mais e mais status social. Defendemos a ideia da realização plena das vontades, da obrigação pelo sucesso, em todas os setores da vida, mas com empenho particular no que se refere ao sucesso material que em virtude da estrutura social na qual estamos inseridos, parece a maneira mas fácil de se sentir bem sucedido também nos outros setores da vida.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Esta valorização das realizações pessoais, da efetivação dos queres – tratando aqui das vontades mercadológicas – incutidas na mentalidade da sociedade capitalista, reafirma e produz na mente destes jovens, aprendizes de marginais, exatamente a mesma demanda de todos nós, ditos homens de bem: os bens de consumo vendidos pelo marketing, sucesso, poder. Os desejos são os mesmos, mudando apenas de endereço e dos meios de se alcançar a realização destas vontades. Estes meios sim, me parece, são passíveis de serem diferenciados em função de classe, mas são secundários diante da complexidade das estruturas mentais de nossa sociedade que valoriza a ideia de bem estar garantida pelo dinheiro e pelo sucesso. Isso sim, ao meu ver, está na raiz dos nossos maiores problemas e certamente perpassa a polarização de classe, tão enfatizada como justificativa de nossas mazelas.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Este tipo de pensamento leva jovens adolescentes a levantarem bandeiras contra o Estado e a sociedade, entendidos por eles como inimigos. Estes jovens, imbuídos da mesma ideia de realização plena dos desejos, somente fazem reproduzir o mesmo discurso e atitude de todos nós, não aceitando a impossibilidade da realização de suas vontades, partindo então para a criminalidade, e introjetando de bom grado as justificativas sociais que polarizam a sociedade entre ricos e pobres legitimando suas atitudes de barbárie. </i></div>
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;"><i>Pergunto até quando a sociologia de esquerda vai continuar justificando as atrocidades praticadas por esses meninos com o discurso da falta de oportunidades? Até quando reproduziremos a mentalidade vigente que serve de alicerce ainda, às políticas assistencialistas caça votos? O investimento em educação no Brasil, no caso do ensino médio, transita pela faixa dos R$ 2500 reais aluno/ano. Enquanto não houver investimento massivo em educação, única possibilidade de introduzir na sociedade mentes pensantes e críticas empenhadas antes em <b>ser</b> para depois <b>ter, </b>continuaremos assistindo indignados os meios usados por cada classe social na tentativa de suprir seus ímpetos consumistas, de sucesso e de exercício de poder.</i></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;"><i><br />
</i></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt;"><i>Texto: Luciane Trevisan Leal</i></span>Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-29390542479083225652010-11-07T23:42:00.004-02:002012-08-14T14:30:28.543-03:00Quisera ser eu o seu outro... eternamente<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Não há nada em mim que me difira dos demais mortais.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Não há nada de <span lang="PT-BR">glamuroso</span> em mim que não possa se desfazer por intermédio do seu olhar crítico. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Não há nada de especial, nada de tão particular que possa ser considerado único. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>E se ainda assim, tendo eu dito todas as coisas que disse a meu respeito, você encontrasse algo de singular em mim, eu diria ser apenas uma projeção do seu eu… querendo ser diferente. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Um desejo de diversidade que você julga, pode completar o vazio que da sua alma emerge. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Se não fosse eu a atravessar seu caminho, seria um outro qualquer. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Um objeto de desejo que nada mais é senão… aquele que não você.</i><br />
<i></i><i>Então… Que seja eu o seu outro.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Sem perceber você vai se enfadar da projeção de si que o fará desistir de mim. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Vai desistir de quem deseja ser mas não é, de quem deseja obter mas não tem. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>É certo. Você vai optar pela desistência da sua fantasia momentânea, que já não te preenche.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Logo você substituirá o seu não ser. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Abdicará do seu outro de agora, e colocará no lugar o desejo pelo seu outro de daqui pra frente.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Você vai desistir de mim porque a instância de tempo que compreendia seu idealismo vai passar. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Como tudo passa. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>E outro momento trará outro “tempo de você” e outra projeção de desejos e paixões, outra projeção do seu não ser. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>E será neste momento que você prescindirá oque outrora fora sua glória ou sua ruína.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Que ótimo para você.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Que bom para quem ocupará este lugar. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Que pena pra mim!</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Lido com isso, com um pé na filosofia e outro na arte. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Resisto com alguma eficácia, mantendo o pensamento ponderado pela razão, mesmo que algumas atitudes estejam modeladas pela tragédia.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Desvitalizo a existência morna e vivifico a música.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Porque só na arte é possível um encontro com o desvario que atenua a realidade. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Já que me defrontar com ela é por demasiado insuportável de lidar.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Deixo então viver, da pulsão de autodestruição que nem cabe no respaldo do que se diz inconsciente.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Nada pode ser mais tristemente consciente que a tentativa de me manter como seu outro. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i>Nada pode ser mais tristemente consciente do que também eu projetar um outro de mim naquele, de quem um dia, deixarei de ser o devir. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p><i>Texto: Luciane Trevisan Leal</i></o:p></div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-79806390300570721142010-07-28T23:34:00.004-03:002012-08-14T14:33:42.721-03:00TIMganaram: O mundo não é dos NETs e o Ponto Frio é uma gelada<div style="text-align: justify;">
<i>Após ouvir uma gravação de 36 minutos onde por mais de 450 vezes a atendente da TIM dizia “só mais um minuto” – imagino ser uma gravação porque isso é humanamente impossível –, eu percebi que aquele “minuto” poderia durar uma eternidade. Imagino que talvez a TIM tenha redescoberto a verdadeira medida do tempo. Na verdade, ele não é como o “medimos”, mas como a TIM o compreende. Será que a ciência explica? Bem! Este “minuto” só não durou uma eternidade porque, claro, a ligação caiu. Pensei: ainda bem que existe a ANATEL. Uma agência reguladora que não regula mas, ao menos posso fazer minhas reclamações diretamente para eles. Após cinco dias com o registro no site da ANATEL, o Sac da TIM me liga e resolve meu problema. Gente! Que maravilha de atendimento ao cliente! Concluo que não devo mais fazer minhas reclamações no atendimento da TIM. Encaminhando diretamente para a ANATEL em cinco dias, todos os meus problemas serão resolvidos, sem que a espera por uma eternidade seja necessária.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Na NET por exemplo, acho que o Call Center está na Sibéria (mas espera aí. Não é isso que eles dizem na propaganda!). Atendentes “gelados” no atendimento ao cliente e sistema fora do ar quando o assunto digitado no menu é reclamação. Será que o frio da Sibéria está embarreirando a comunicação com “o mundo dos NETs”? Nas duas tentativas que fiz, em intervalos de 2 minutos optando por reclamação no menu, fui informada que o sistema estava fora do ar, que era impossível acessar meu cadastro e etc...etc…etc... Logo em seguida, ligo normalmente, sem escolher opções de menu e, misteriosamente, meu cadastro consegue ser acessado. Penso: o gelo se derreteu, em tempo recorde, e finalmente o “mundo dos NETs” teve a chance de fazer ecoar sua voz…</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>E por falar em frio, quero explanar sobre uma verdadeira gelada. Compramos um fogão no Ponto Frio. Onde já se viu comprar fogão numa gelada? Mas tudo bem, coisa de brasileiro! Você compra o fogão. O vendedor erra ao fazer o pedido de entrega, mas você não sabe. Tudo bem, “o que os olhos não vêm o bolso não sente”. Te informam que não tem horário para entrega. Você fica o dia todo dentro de casa aguardando… o fogão não vem. No dia seguinte largam um produto com o porteiro do prédio. Quando você chega em casa, descobre que o produto foi entregue errado. Você tenta resolver o problema mas o Ponto Frio não tem “sistema” ou "estrutura" para situações especiais. Um erro não pode ser resolvido…e uma sucessão de erros faz de um presente dos dia das mães um tormento para a pobre infeliz e seus filhotes desavisados. Tudo bem que tenho uma simpatia por velhinhos sorridentes mas… Sr. Abílio Diniz, convenhamos! Que tal parar de fazer seu grupo econômico crescer sem estrutura adequada de atendimento? Do que adianta agregar as “Casas Bahia” no meio dessa desordem? O senhor enche o *cofrinho de dinheiro e seus clientes ficam a mercê de uma porcaria de serviço tercerizado? (Ufa! Ao menos o virtua da NET, quando funciona, me proporciona liberdade de expressão).</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>No final de tudo concluo: como burra brasileira que sou… ops, desculpem, me expressei mal, quis dizer como típica brasileira que sou, possivelmente continuarei comprando no Ponto Gelado…congelado… frio... sei lá, dosen´t matter. Me pergunto: o que está acontecendo com os setores de serviços e comércio no Brasil? Resposta: o melhor negócio é o comercio para os “populares” e a prestação de serviços sem concorrência. Por que digo isso? Ora, nas Casas Bahia você paga 2 vezes o valor do produto se dividi-lo em 36 vezes: negócio da China. Juros estratosféricos. Única maneira da grande maioria dos pobres infelizes dos brasileiros conseguirem comprar alguma coisa. E uma bela maneira dos espertos enriquecerem. Em relação à telefonia, tv a cabo e internet. Não há concorrência. Quem presta o serviço está pouco se lixando para o cliente. Já que não tenho para onde correr e preciso da internet, por exemplo, tenho que me sujeitar ao serviço que me oferecem. E devo me sentir grata por isso. Os atendentes dos mais variados setores de atendimento ao cliente que o digam: “senhora, não trabalhamos dessa ou daquela forma”. Sou eu quem devo me sujeitar, por que não tenho outra opção. Mas caramba, não sou eu quem está pagando?</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Sr. Eike Baptista. Pare de mexer com minério, petróleo, hotéis… cheques gordos para a Madonna. Por que o senhor não entra no setor de telefonia, por exemplo? Não dizem que tudo que o senhor põe a mão vira ouro? Tá certo que os gregos necessitam mais que nunca do toque generoso de um Midas. Mas para nós, reles brasileiros, não precisa ser ouro. Bronze, no que se refere à serviços por aqui, já estaria de bom tamanho.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br />
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i> * rabo, ânus, fiofó… para alguns, simplesmente cueca.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br />
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Texto: Luciane Trevisan Leal</i></div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-86803078988802757642010-04-19T00:44:00.007-03:002012-08-14T14:34:33.433-03:00A Pessoa do teu Amor<link href="file:///C:%5CUsers%5CESTERF%7E1%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><br />
<br /><style>
<!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BR;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} -->
</style> <br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Que te encha de alegria, remodele teu dia, que o transforme no lugar do paraíso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
E que não tão em vão, quanto te parece, deixe passar o tempo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Mas te faça experimentar, no meio do caos, a metamorfose. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Que da certeza faça a dúvida, promova o lampejo de curiosidade</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
já que esta última é o motor da existência, quase uma razão inconsciente da vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Que da mesmice não se deleite, pois que traga o ardor da novidade</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Que mantenha a brasa a queimar, senão, que seja a verdadeira labareda.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
E nas relíquias do corpo, em seu pleno domínio, faça reverberar os desmandos da alma.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Que te surpreenda com a impetuosidade de sua vontade</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Que te requisite no prazer ou na dor, cultue tua presença.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
A ti que não engane, com o compromisso do para sempre,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Pois dessa possibilidade vale mais a fantasia que as mentirosas promessas.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Que viva a vida, como ela é, sem reclamações e exaustão, mas que ainda, <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
contigo fantasie, impulsione a uma existência satisfatória<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Na qual a realidade até que basta porém, onde as fronteiras dos sonhos sejam transponíveis</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Que habite tua alma neste tempo, por completo, repleta, inteira.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Seja ela (a pessoa do teu amor) o ânimo, o ganho, <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
desde o desabrochar até o “enquanto vingar”</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Que seja contigo, na juventude ou no tempo dos sem mais tempo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Que te confunda com seus valores, para que te aquiesças às novas descobertas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Seja ela imperfeita, terminal, mas que seja infinita como marca perene em tua alma </div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Que a encontre, que seja encontrado por ela.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Que a mantenha, detenha e impressione. Por fim que a ame,</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
E que por ela seja amado</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic;">
Texto: Luciane Trevisan Leal <br />
<o:p></o:p></div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-75358274628699118942009-12-17T21:14:00.005-02:002012-08-14T14:35:02.388-03:00Salvemos Copenhagen e o Planeta<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
As negociações do Tratado Climático de Copenhagen têm sido um fiasco, chegando muito próximo de um retrocesso ao invés de progredirem. E o futuro do planeta continua comprometido. Vamos fazer nossa parte participando de uma campanha global em favor da mãe Terra.</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
Abaixo segue o link de um abaixo assinado a ser lido na conferência.Não deixem de participar: assine e divulgue.</div>
<br />
<a href="http://www.avaaz.org/po/">http://www.avaaz.org/po/</a>Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-50109331156656393362009-11-28T21:41:00.008-02:002012-08-14T14:35:21.785-03:00Amebas são de Marte. Mulheres são de Vênus<span style="font-style: italic;"><br /><br />Às tristes e amargas feministas contemporâneas, direciono minha carta.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Por favor, me acudam! Não me farei de rogada.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Me digam se estou mesmo perdida, relegada à solidão.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Acuada, não pela perda, mas pelo não ganho da paixão.</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Vocês. Ditas criadoras dos dissabores modernos. </span><br />
<span style="font-style: italic;">Detentoras, da talvez equivocada independência. </span><br />
<span style="font-style: italic;">Me digam. Perecei mesmo? </span><br />
<span style="font-style: italic;">Por que amebas são de Marte e mulheres são de Vênus?</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Também vocês, donas de si mesmas, traçam o caminho do impossível?</span><br />
<span style="font-style: italic;">Procurando escapar das ventosas de algum sanguessuga temível</span><br />
<span style="font-style: italic;">Daqueles andarilhos errantes ou amebas volantes</span><br />
<span style="font-style: italic;">Que para vocês se autodenominam os grandes deuses amantes? </span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">E vocês, que pagam seus pecados</span><br />
<span style="font-style: italic;">Mas também a própria taça de champagne.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Que ninguém se engane! Não são ingênuas mentes pensantes </span><br />
<span style="font-style: italic;">Mas continuam tão dependentes dos mesmos meliantes?</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Também vocês, deixam de participar suas dores</span><br />
<span style="font-style: italic;">Sucumbem a seus temores e dispensam verdadeiros amores</span><br />
<span style="font-style: italic;">Perdidas em meio à mentira que vier, ao tratado que der </span><br />
<span style="font-style: italic;">Para se esconder atrás de uma fachada qualquer</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Me corrijam se estiver errada. Me apontem o que fazer</span><br />
<span style="font-style: italic;">Pois já não passo da vontade de apenas me entreter</span><br />
<span style="font-style: italic;">Como posso viver tendo de deixar de ser</span><br />
<span style="font-style: italic;">Para que a alguém tenha que enaltecer?</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Infelizes que sejam, mas seguras aos que eventualmente as vejam.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Mulheres de Vênus. Pergunto: em que mundo vivemos? </span><br />
<span style="font-style: italic;">Amebas são de Marte… e que fiquem a parte</span><br />
<span style="font-style: italic;">Mas como deles escapar para que do amor se faça arte? </span><br />
<br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Texto: Luciane Trevisan Leal</span>Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-84663759046239441662009-11-12T11:38:00.013-02:002012-08-14T14:36:10.593-03:00O Trabalho na Berlinda<br />
<link href="file:///C:%5CUsers%5CESTERF%7E1%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><br />
<style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BR;} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style> <div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: right;">
<o:p> </o:p>
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: right;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: right;">
Se não precisássemos de dinheiro teríamos muito mais vagas do que desempregados.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Certas palavrinhas mágicas deveriam ser banidas do vocabulário das empresas. Motivação, comprometimento e produtividade, de tão batidas, chegam a provocar uma atitude contrária ao que de fato significam. Um funcionário para ser motivado ou comprometido decididamente não precisa ficar ouvindo isso o tempo todo quase que como uma “chinese chicking torture”. É certo que a motivação e o comprometimento devem figurar como o caminho para se abraçar um objetivo. E é o intuito de se alcançar uma meta traçada que culminará na produtividade. Mas esta meta tem de adentrar um espaço que ultrapassa os limites da empresa. A meta precisa também ser pessoal. E qualquer meta pressupõe retorno, pois estamos falando de seres humanos, e não de máquinas. <o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
O peso destes três conceitos (motivação, comprometimento e produtividade) nos bastidores de RH e gerências das mais variadas, parecem significar a única saída em prol da mobilização de funcionários. Como se incutir uma ideia fixa significasse a salvação da lavoura e não, na verdade, o movimento oposto que é a promoção do ambiente propício para as pragas que atingem qualquer cultura. <o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
A ideia corrente que promove um significado de motivação como uma atitude de dentro para fora está absolutamente equivocada. Digo isso por que, motivação e comprometimento são atitudes geradas por um compromisso mútuo de qualidade. Estar motivado a algo implica pensar a situação de nossa relação com este algo. Buscamos a satisfação que é resultado da qualidade daquilo que recebemos. E na busca pela satisfação, tanto patrões quanto empregados devem ter “em mãos” um ambiente favorável para exercer uma atividade com qualidade. É uma via de mão dupla. Só se está motivado e comprometido com um objetivo que indique retorno. Regra básica do capitalismo, mas também das relações de forma geral. No caso das empresas, a motivação é fazer dinheiro, auferir lucro a donos e acionistas. No caso do funcionário, obter o pagamento pela sua mão de obra produtiva. Ademais, não só em dinheiro pensa o homem, mas também em reconhecimento. Falemos dele então.<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Uma empresa, antes de qualquer coisa, precisa de talentos e ideias, ou seja, precisa de gente. De pessoas capazes de modificar um ambiente sem mobilidade de inovação. Seguramente que não precisa de robôs programados. O mais difícil não é encontrar talentos, o entrave está no olhar de quem deve buscar estes talentos. Estamos habituados a enxergar as coisas da maneira que queremos. Infelizmente, o olhar do costume que imobiliza dá menos trabalho. A força do hábito deste olhar, vai nos levar a buscar aquele perfil que vem acompanhando um sistema já instaurado no mercado de trabalho e pobremente modificado. Me fazendo entender: como gerente vou observar e buscar nos meus subordinados as noções que me foram passadas no decorrer de minha trajetória profissional. Mesmo que estas noções sejam um completo engano.<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
O maior erro nas recentes estratégias de “motivação”de RH está na ideia de que empresa deve ser “a extensão da casa”, de que “somos uma família”. Já que uma pessoa passa a maior parte do tempo de sua vida no trabalho, a empresa DEVE significar quase que a própria razão de vida do empregado. Incutir essa ideia na cabeça do funcionário é estratégia para mantê-lo com o pensamento, e também fisicamente na empresa, quando na verdade, em determinados momentos, ele tem de estar fora do ambiente de trabalho para viver e participar de outras relações que não aquelas de hierarquia e dos processos de produção. O que a maior parte dos “colaboradores”gestores não realiza (gosto de pensar que simplesmente não compreendem isso, a pensar que fingem não saber) é que o talento e a criatividade estão atrelados à uma percepção de mundo abrangente que envolve a participação em outros setores da vida social. Apreensão de mundo abrangente é certamente inviável na limitação de um único ambiente. Quando se vive a vida da empresa, ou somente nela, limita-se a capacidade de percepção da realidade global que somente as variadas experiencias sociais podem promover. Como resultado, restringe-se uma maior capacitação intelectual e criativa naturais do ser humano, produzindo funcionários que trabalharão de forma robótica, sem competência crítica e situacional e logo, limitada capacidade de decisão e criação. A qualidade do trabalho fica prejudicada e a motivação para a atividade quase inexistente. <o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<link href="file:///C:%5CUsers%5CESTERF%7E1%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><br />
<style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BR;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style> <div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span lang="PT-BR">Como modificar esta realidade? O primeiro passo é acabar com a fantasia de empresa como extensão de nossas casas. Empresa não é família, não misturemos os conceitos. Com família temos um vínculo sanguínio, de cooperação mútua e convivência baseado em valores e finalidade que perpassam os propósitos de uma empresa. O vínculo que temos com qualquer empresa é EMPREGATÍCIO. A finalidade da empresa é o lucro, portanto, nosso propósito na empresa deve ser o reconhecimento financeiro e intelectual de nosso trabalho. As relações pessoais, privadas, que podem <u>eventualmente</u> surgir no ambiente de trabalho, são coisas separadas de nosso objetivo dentro da empresa. Portanto, dizer que a empresa é família é forçar uma barra para se inventar vínculos que na verdade não existem. O ambiente de trabalho tem de ser agradável, respeitável e promover satisfação, mas isso não se consegue incutindo fantasias construídas com o intuito de sugar ao máximo a força laboral com o mínimo de custo. A política deve ser oposta: se preciso de seu talento para que meu negócio dê certo, pagarei por ele. </span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span lang="PT-BR"><u1:p></u1:p>Se olhamos por este lado, é um erro alegar que motivados são aqueles que deixam suas atuações em outros setores sociais, para se fazerem presentes em reuniões de empresa ou qualquer outra atividade vinculada a ela na folga ou em horário de descanso, sem receber nada por isso. A mesma regra que se aplica às empresas quando se fala em lucro, deve ser respeitada quando o assunto é o pagamento ao funcionário por seu tempo destinado à atividade produtiva ou qualquer compromisso resultante dela.<u1:p></u1:p><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span lang="PT-BR">O segundo passo. Gestores devem aceitar e valorizar funcionários que prezam sua vida fora da empresa. É um erro acreditar que a motivação se mostra a partir da quase total desistência de vida pessoal e social, fora da empresa. Tempo para se ter uma participação ativa na sociedade, seja em outra atividade laboral paralela ou na canalização de energia em prol de educação e cultura, deveria ser política primordial para qualquer empresa já que, são estas atividades, que irão desenvolver novas habilidades que serão identificadas pelo bom gerente no decorrer do percurso profissional de seus subordinados. <o:p></o:p></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Concluindo. Ser produtivo, motivado, comprometido e etc, somente é possível quando se tem qualidade de vida. Fingir que não adoece, que gosta de reuniões em dias de folga, que é feliz com o acúmulo de funções que inflam o ego mas não o bolso, não faz de ninguém os reais motivados. Motivados são aqueles que gostam do trabalho que fazem, que se sentem satisfeitos pela recompensa financeira e intelectual do trabalho prestado. Motivados negam veementemente a presença física robótica em situações que não trarão nenhum benefício à sua vida profissional, financeira e intelectual. Motivados têm sua privacidade respeitada, seu momento de lazer garantido e seu direito de descanso consumado. Motivados não precisam de cargos de confiança “cala a boca”. Motivados se valorizam como pessoa essencial no sucesso de qualquer empresa, mas não só nela. Eles entendem que a empresa pode até ficar, mas que sua vida uma hora acaba. Entendem que seu tempo deve ser pago porque, caridade não se faz para capitalista que visa lucro. Filantropia destina-se aos necessitados que precisam de ajuda para sobreviver.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Texto: Luciane Trevisan Leal
<br />
<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;"> </span><o:p></o:p></div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6279742908840059253.post-52881882581739080172009-09-30T19:21:00.004-03:002012-08-14T14:36:58.629-03:00Desperdício de uma raridade<br />
<link href="file:///C:%5CUsers%5CESTERF%7E1%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><br />
<style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BR;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style> <div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Que pressão era aquela que desalinhava a forma?<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Uma forma perfeita, no mais estrito senso da palavra<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Que lentidão era aquela que não permitia a união definitiva dos corpos?<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
O dar-se as mãos. O agir em dupla no jogo. O pacto eterno.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p> </o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Que força de hábito poderia ser maior que aquela emanação de vida?<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
E por que o costume insistia em resistir ao sublime inusitado do amor.<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Qual seria a força nefasta e o que ela mascarava?<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Seria o medo? Da pura e simples entrega? Da abnegação do ego?
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
<br />
<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p> </o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
O atraso, a imobilidade diante do tempo, o toque cego e apreensão de qualquer porcaria.<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
O desperdício das raras sensações, a fuga dos clichés românticos.<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Em troca de quê? De uma racionalidade áspera e dispensável?<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Tão somente para falar com propriedade: de orgulho e vaidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">Estes éramos nós, deixados à mercê da pressão das pressões.</span></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Da incapacidade de lidar com a novidade da força daqueles sentimentos. <o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Estávamos nós realmente relegados do paraíso? <o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Foi até aonde nos permitimos chegar?</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
<br />
<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Nos facultamos gastar nosso tempo tentando convencer o outro de algo, mas do quê?<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Desperdiçamos nosso dias com mal entendidos, nunca de fato! <o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
E hoje nos encontramos na mais perfeita sintonia: com o comum.<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Encontramos a paz derradeira sob a mais rematada derrota.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p> </o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Podemos dizer que superamos. E olhem para nós!<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Belos e bem sucedidos… tristes no mundo e pelo mundo<o:p></o:p></div>
<div style="font-style: italic; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Fingindo ter atingido a dignidade, longe das intimações do amor.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Realmente acreditando que elas foram nossa ruína.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: italic; line-height: 150%; text-align: justify;">
Texto: Luciane Trevisan Leal
</div>
Lucianehttps://www.blogger.com/profile/11260163870485095076noreply@blogger.com5