Tristeza, uma escolha.
Se abster do riso, para dar lugar a dor.
Contestar a coragem, e deixar o medo fazer morada
Temer o tempo, para não ter que esperar.
Matar a esperança, para não ter que se deparar com a ausência
Fugir da luta, da perseverança, por medo da mudança.
Render-se ao conhecido. Este já não surpreende.
Permanecer no mesmo lugar, sem sobressaltos ou assombros.
Não sonhar, e não precisar se mexer para realizar.
Deixar os sonhos no caminho, permitindo que a realidade te empurre no abismo.
Pague o preço do marasmo, sobrevivendo das migalhas alheias.
Seja desleal com suas vontades, com sua paixão.
Deixe a beleza rara de ser único para parecer como todos os outros.
E assim apareça como aquele que sofre, que é o incompreendido, a vítima.
Enquanto seu vizinho só pode te servir de consolo, você perde uma grande oportunidade.
De se conhecer a partir do outro, de se redescobrir e reinventar seu lugar.
Deixe que todos tenham pena de você. E você vai conseguir mascarar seu fracasso,
pois você escolheu ser triste.
Tristeza. Não está no que o mundo não te oferece, mas está no que você deixa de ofertar.
É sua opção, sua preferência… e sua ruína.
Texto: Luciane Trevisan Leal
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