É Sombrio lugar que desconheço
Acontece na dúvida,
na aurora de um limite denso
Inóspita, nada ali é germinado
Incógnita, permanece solo calado
Inverno eterno, tempo seco
Perfura a vida com navalha
Se aloca no peito e por dentro se espalha
Dor que causa, paz que ás vezes calha
É interruptor da alma que se apaga
Inerte deixa o corpo que nada afaga
Se espalha pelo mundo feito praga
A ela não devo respeito
Não me interessa lugar que não é do meu preito
Ignoro que é única verdade... e está feito
Já que cega uma vista para outra deixar ver
Extingue a chama que deixa de acontecer
Não terá meu apreço, o que me causa não mereço
Caio no mundo e finjo que a desconheço
Me aventuro nos meus abusos, reconheço
E que serei dela simplesmente... esqueço
Texto: Luciane Trevisan Leal
(Com registro de propriedade intelectual)
2 comentários:
Muito Bom! Dizer mais que isto desviará a atenção da qualidade primeira do próprio texto!
Obrigada, Marcelo.
Sentido profundamente.A alma que fala diz algo lá de seu recanto mais profundo.
Abç
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