A Imagem



Essa imagem que já não te apraz, vai que se desfaz?
Num milésimo de tempo… não se recupera mais
Essa imagem de si que falo, que pouco te participa de fato,
Certamente para os outros, te dignifica no ato


Nela tu não és por inteiro
mas para o mundo é o que há de verdadeiro.
Desfazer-te dela agora é grande erro,
é através dela que a ti consideram com esmero.


Dada à morte, pode tornar-te refém… da má sorte
Já que ela é teu suporte, teu passaporte.
Por mais que a tenha edificado num engano primeiro
Que te faz agora revogado, anulado, quase que por inteiro.


Conserto não há, o desastre já está
Da ilusão que erigiu esconda o desencanto que emergiu
É o melhor a fazer, conveniente aos outros parecer
Assim ninguém lê, o que em si, nem você direito vê


Texto: Luciane Trevisan Leal

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