Caso Thor Batista: Ser rico no Brasil é um problema...



Algumas considerações

  1. Vivemos num país de corruptos o que não quer dizer que todos o sejam.
  2. Nem todo rico é desonesto e paga propina para se livrar do que quer que seja. Nem todo pobre é honesto ou anda sempre “na linha”.
  3. Nem todo rico é imprudente. Não há nenhuma relação lógica entre riqueza e imprudência, ou pobreza e prudência.
  4. Pobre tb bebe e pode sim atravessar com a bicicleta na frente do carro do rico e famoso.
  5. Não há nenhuma razão para acreditar que o fato do cara ser rico e famoso anula a possibilidade do cara pobre ter bebido e se jogado na frente de seu carro.
  6. Se eu for atropelada na Washington Luis por um pobre desconhecido, se ele prestar socorro e descobrirem que eu estava com álcool no sangue, ninguém vai dar à mínima para o infeliz que me atropelou e matou, nem construirá as mais terríveis teorias conspiratórias.
  7. Thor poderia ser vc ou eu (pobres e certinhos). O ciclista da rodovia poderia ser nosso filho (bêbado e todo errado).
  8. Nosso país só irá para frente quando o brasileiro deixar de fazer a linha: somos os pobres, vítimas dos ricos.
  9. Ao invés de nos preocuparmos tanto com o filho do rico, quem sabe não procuramos nos inteirar mais sobre os grandalhões que escrevem nossas leis e que usam nosso dinheiro para toda ordem de roubalheira.
  10. Gostaria de ver brasileiros discutindo em quem votar e porquê. Mas isso nunca vai acontecer. Sabem por quê? Porque a idéia pronta e acabada é mais fácil de ser disseminada, além de ser mais divertida. Ninguém vai se dar ao trabalho de pesquisar porcaria nenhuma para votar. Nós só gostamos de fofoca sobre ricos e famosos.
  11. Fazer a linha “estou indignado” e usar qualquer bode expiatório rico para isso é mais fácil do que pensar e se indignar de verdade. 
  12. Paremos de brincar de indignação. 


Luciane Trevisan Leal

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