Mosquitocídio



Como naqueles filmes do pior estilo trash: o ataque “neuroticamente” mortal dos mosquitos, torna seres humanos escravos dos mais variados estilos de agentes exterminadores. Quase um “mosquitocídio”, se é que assim se pode chamar.

Ás vezes penso que essa atitude apática da prefeitura do Rio aos tantos apelos por providências seja um conluio entre ela e os fabricantes de raquetes exterminadoras e pesticidas. O que mais se ouve no Recreio dos Bandeirantes a partir das 16 horas são os chiados dos venenos que matam insetos e destroem parte da camada de ozônio e ainda, os estalos das raquetes torrando os pobres infelizes maioritários moradores da região. Penso que em meio a guerra entre civis e mosquitos, há uma conspiração em prol do lucro de raqueteiros e das empresas de pesticidas. Talvez alguém mais esteja ganhando dinheiro com isso, não sei… Ou são apenas ONGS por trás, engajadas na manutenção da sobrevivência destes pobres seres. Não riam, o assunto é sério! Afinal, todos têm seu direito na cadeia alimentar. O que são poucos litros de sangue destes humanos atrevidos que tomaram a terra?
O verão está chegando, e com ele a Dengue. Uma doencinha de nada, que nem mata tanto assim! Talvez o nosso fantástico sistema de saúde tenha verba o suficiente para atender os “poucos” casos da doença. Ou talvez seja melhor que morram algumas centenas de pessoas em virtude dela, já que deve ser muito caro a fumacinha. Ou ainda, raqueteiros e donos de empresas de pesticidas me digam que não entendo nada de economia: “deixem que os mosquitos tomem conta do bairro pois só assim temos condições para a manutenção dos empregos nas fábricas de veneno aerosol, dos funcionários das fabriquetas de raquetes assassinas e dos vendedores de sinal de trânsito da Barra da Tijuca”.
E assim vamos levando. Esperando o verão! Dias de sol, mas também de muitas crateras e mordidas sobre a pela. E por que não! Que tal pegar uma dengue? Afinal, quanto mais gente morrer, melhor! Menores serão os gastos futuros com previdência.Suguem nosso sangue, transmitam-nos suas doenças e nos ajudem a despovoar um pouco este planeta! E vocês, mosquitos, terão seu lugar ao sol, ops! À calada da noite. AH, sei lá!

Texto: Luciane Trevisan Leal

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