TIMganaram: O mundo não é dos NETs e o Ponto Frio é uma gelada

Após ouvir uma gravação de 36 minutos onde por mais de 450 vezes a atendente da TIM dizia “só mais um minuto” – imagino ser uma gravação porque isso é humanamente impossível –, eu percebi que aquele “minuto” poderia durar uma eternidade. Imagino que talvez a TIM tenha redescoberto a verdadeira medida do tempo. Na verdade, ele não é como o “medimos”, mas como a TIM o compreende. Será que a ciência explica? Bem! Este “minuto” só não durou uma eternidade porque, claro, a ligação caiu. Pensei: ainda bem que existe a ANATEL. Uma agência reguladora que não regula mas, ao menos posso fazer minhas reclamações diretamente para eles. Após cinco dias com o registro no site da ANATEL, o Sac da TIM me liga e resolve meu problema. Gente! Que maravilha de atendimento ao cliente! Concluo que não devo mais fazer minhas reclamações no atendimento da TIM. Encaminhando diretamente para a ANATEL em cinco dias, todos os meus problemas serão resolvidos, sem que a espera por uma eternidade seja necessária.
Na NET por exemplo, acho que o Call Center está na Sibéria (mas espera aí. Não é isso que eles dizem na propaganda!). Atendentes “gelados” no atendimento ao cliente e sistema fora do ar quando o assunto digitado no menu é reclamação. Será que o frio da Sibéria está embarreirando a comunicação com “o mundo dos NETs”? Nas duas tentativas que fiz, em intervalos de 2 minutos optando por reclamação no menu, fui informada que o sistema estava fora do ar, que era impossível acessar meu cadastro e etc...etc…etc... Logo em seguida, ligo normalmente, sem escolher opções de menu e, misteriosamente, meu cadastro consegue ser acessado. Penso: o gelo se derreteu, em tempo recorde, e finalmente o “mundo dos NETs” teve a chance de fazer ecoar sua voz…
E por falar em frio, quero explanar sobre uma verdadeira gelada. Compramos um fogão no Ponto Frio. Onde já se viu comprar fogão numa gelada? Mas tudo bem, coisa de brasileiro! Você compra o fogão. O vendedor erra ao fazer o pedido de entrega, mas você não sabe. Tudo bem, “o que os olhos não vêm o bolso não sente”. Te informam que não tem horário para entrega. Você fica o dia todo dentro de casa aguardando… o fogão não vem. No dia seguinte largam um produto com o porteiro do prédio. Quando você chega em casa, descobre que o produto foi entregue errado. Você tenta resolver o problema mas o Ponto Frio não tem “sistema” ou "estrutura" para situações especiais. Um erro não pode ser resolvido…e uma sucessão de erros faz de um presente dos dia das mães um tormento para a pobre infeliz e seus filhotes desavisados. Tudo bem que tenho uma simpatia por velhinhos sorridentes mas… Sr. Abílio Diniz, convenhamos! Que tal parar de fazer seu grupo econômico crescer sem estrutura adequada de atendimento? Do que adianta agregar as “Casas Bahia” no meio dessa desordem? O senhor enche o *cofrinho de dinheiro e seus clientes ficam a mercê de uma porcaria de serviço tercerizado? (Ufa! Ao menos o virtua da NET, quando funciona, me proporciona liberdade de expressão).
No final de tudo concluo: como burra brasileira que sou… ops, desculpem, me expressei mal, quis dizer como típica brasileira que sou, possivelmente continuarei comprando no Ponto Gelado…congelado… frio... sei lá, dosen´t matter. Me pergunto: o que está acontecendo com os setores de serviços e comércio no Brasil? Resposta: o melhor negócio é o comercio para os “populares” e a prestação de serviços sem concorrência. Por que digo isso? Ora, nas Casas Bahia você paga 2 vezes o valor do produto se dividi-lo em 36 vezes: negócio da China. Juros estratosféricos. Única maneira da grande maioria dos pobres infelizes dos brasileiros conseguirem comprar alguma coisa. E uma bela maneira dos espertos enriquecerem. Em relação à telefonia, tv a cabo e internet. Não há concorrência. Quem presta o serviço está pouco se lixando para o cliente. Já que não tenho para onde correr e preciso da internet, por exemplo, tenho que me sujeitar ao serviço que me oferecem. E devo me sentir grata por isso. Os atendentes dos mais variados setores de atendimento ao cliente que o digam: “senhora, não trabalhamos dessa ou daquela forma”. Sou eu quem devo me sujeitar, por que não tenho outra opção. Mas caramba, não sou eu quem está pagando?
Sr. Eike Baptista. Pare de mexer com minério, petróleo, hotéis… cheques gordos para a Madonna. Por que o senhor não entra no setor de telefonia, por exemplo? Não dizem que tudo que o senhor põe a mão vira ouro? Tá certo que os gregos necessitam mais que nunca do toque generoso de um Midas. Mas para nós, reles brasileiros, não precisa ser ouro. Bronze, no que se refere à serviços por aqui, já estaria de bom tamanho.

 * rabo, ânus, fiofó… para alguns, simplesmente cueca.

Texto: Luciane Trevisan Leal

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